Como realizar a Procissão das Oferendas da Celebração Eucarísica de modo Mistagógico
Publicado em: 17/08/2019


COMO REALIZAR A PROCISSÃO DAS OFERENDAS DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA DE MODO MISTAGÓGICO.

Parte IV.

 

Olá amigos e amigas!

Mais uma vez estamos aqui para que possamos refletir sobre a nossa Sagrada Liturgia.

Depois de refletirmos sobre o que a Igreja tem a dizer sobre a Procissão das oferendas na celebração Eucarística, vamos agora então refletir: COMO REALIZAR A PROCISSÃO DAS OFERENDAS DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA DE MODO MISTAGÓGICO. Faremos a Parte IV

O CANTO DA APRESENTAÇÃO DAS OFERENDAS

O canto do ofertório acompanha a procissão das oferendas e se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar. As normas relativas ao modo de cantar são as mesmas que para o canto da entrada. O canto pode fazer parte dos ritos das oferendas, mesmo sem procissão (Instrução Geral sobre o Missal Romano, 74).

Nos estudos da CNBB, nº 79 sobre “A música litúrgica no Brasil”, diz que este canto pertence ao grupo de cantos suplementares. Esta categoria inclui cantos para os quais não há textos específicos. A rigor, são elementos facultativos da celebração, e nem precisam ser falados ou cantados (318).

Vejamos o que diz o número 319 deste estudo:

Função:

Este canto, que acompanha o gesto de colocar os bens em comum, para as necessidades da comunidade (Romanos 12, 1-2: Efésios 4,28), juntamente com o pão e o vinho que serão consagrados e partilhados na Ceia do Senhor, serve de introdução (“Ouverture”) à Liturgia Eucarística, à refeição memorial do Senhor. Não é sempre necessário nem desejável, principalmente quando não há uma procissão mais solene dos dons, embora seja muito apreciado pela nossa prática litúrgica pós-conciliar.

Forma:

Conforme mostram as Antífonas, previstas no “Graduale Romanum”, porém não incluídas no “Missal Romano”, a letra deste canto não precisa falar, necessariamente, de pão e de vinho ou de ofertório, mas pode ser um texto apropriado de louvor, de acordo com o tempo litúrgico.

Na tradição do Canto Litúrgico no Brasil, desde a introdução do vernáculo, o “Canto de Apresentação das Oferendas” chegou a tornar-se um momento em que o povo desejava expressar sua dimensão de querer oferecer sua vida, sua luta e trabalho ao Senhor, o que parece ter um alto valor espiritual.

O término deste canto não precisa coincidir com o fim da “apresentação das oferendas”, mas ele pode ser cantado inteiramente, para permitir oportuno momento de intervalo entre a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística.

Na introdução do Missal Romano se diz; Este canto é executado alternadamente pelo grupo de cantores e pelo povo, ou pelo cantor e o povo, ou só pelo gruo de cantores (IGMR, 48).

Neste momento, uma música instrumental ou então um canto polifônico do coral seriam, também, adequados, funcionando assim como uma espécie de interlúdio entre a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística.

A forma mais adequada e completa deste rito seria praticada se os seus três momentos fossem observados: a-) procissão das oferendas (pão, vinho e água); b-) apresentação dos dons (ambas acompanhadas por um canto); c-) oração, seguida da Aclamação “Bendito seja Deus para sempre!”.

Podemos ainda dizer sobre este canto:

  • expressa a entrega a Deus de nossa vida, simbolizadas no pão e no vinho;
  • exprime a alegria de nossa fraternidade reunida em torno a Cristo;
  • prolonga o conteúdo entregue por Deus na Palavra que acaba de ser proclamada;
  • coloca aquilo que se está vivendo no tempo litúrgico em questão;
  • não é tão importante em consonância com que virá em seguida: Oração Eucarística;
  • é facultativo;
  • momento de descanso para a assembléia  dirigir o olhar para o altar. O coral poderá cantar sozinho;
  • não pode ser música de “composição privada”. A oferenda é de todos.

A dimensão meditativa deste canto mostra o simbolismo peregrinante da procissão.

Até mais...

 

Pe. Ocimar Francatto