Olá amigos e amigas!
Que alegria é ter vocês aqui para a reflexão da nossa Sagrada Liturgia.
Estamos dentro da OITAVA DE NATAL, que são oito dias que vão do nascimento de Jesus Cristo à Solenidade da Santa Mãe de Deus. São oito dias em que as alegrias do Natal de Jesus são celebradas com grande júbilo em nossa Liturgia.
Enceremos a Oitava de Natal, com Festa da SANTA MÃE DE DEUS.
Solenidade. Dia 01 de janeiro.
Lucas faz alusão a isto em seu Evangelho: “Donde vem que a Mãe do meu Senhor venha me visitar?” (Lucas 1,43).
Definido como Dogma no Concílio de Éfeso (431).
Reafirmado pelo papa Pio XI na Encíclica “Lux Veritatis” (1931).
Este é o mais importante de todos os dogmas marianos. É a raiz e fundamento da singularíssima dignidade da Virgem Maria. É aquele que define seu próprio ser na economia da Salvação (História da Salvação). Maria, como Mãe Deus, é ainda Mãe das pessoas. Como é Mãe de Deus Redentor, de Cristo que é cabeça, é Mãe também dos membros.
Mateus coloca Maria na genealogia de Jesus (1,16). É uma linhagem masculina – no final aparece Maria: “não se pode conhecer Cristo sem Maria”.
Maria, por ser a Mãe, é junto com Cristo o centro e a convergência da História da Salvação. Assim como os rios acabam no mar, assim todos convergem para Cristo.
Maria representa as gerações que a procederam, porta das futuras gerações redimidas. É a mulher que gerou um Filho todo carne e espírito.
Maria: mãe segundo a carne; mãe segundo o espírito – Mãe de Deus, gerou um Homem-Deus.
Maria e Deus viviam uma única vida (relação de vida entre Mãe e Filho).
Maria talvez não fosse capaz de entender tudo isso, mas o importante não era o seu conhecimento e sim sua fidelidade.
Filho: retrato da Mãe. Pouco sabemos de Maria pelos Evangelhos, mas por meio de seu Filho podemos conhecê-la um pouco mais.
Caracteres-cromossomos: foram só de Maria, já que Jesus foi gerado pelo Espírito Santo.
Maria: momento decisivo da vida: Faça-se (Lc 1,37).
Jesus: momento decisivo da vida: Faça-se (Mc 14,36).
Maria: sou a serva do Senhor (Lc 1,38).
Jesus: manso e humilde de coração (Mt 11,29).
Maria: Senhor destronou os poderosos e elevou os humildes (Lc 1,52).
Jesus: quem se exalta será humilhado (Lc 14,11).
“Desde os tempos mais antigos, a bem-aventurada Virgem é venerada com o título de ‘Mãe de Deus’” (Lumen Gentium 66).
Foi muito oportuna e justifica colocar a festa de Santa Maria, Mãe de Deus, na oitava do Natal do Senhor. É a festa mariana mais antiga. Surgiu no século IV e foi celebrada em várias datas na Igreja do Oriente e do Ocidente. Diz o Papa Paulo VI: “no ordenamento do período natalício, conforme foi recomposto, parece-nos que as atenções de todos se devem voltar para a reatada solenidade de Santa Maria Mãe de Deus” (MC 5).
Maria é a mulher inserida no grande mistério do Pai revelado em seu Filho Jesus Cristo, Príncipe da Paz. Maria, como Mãe, é a mulher que participa da mediação do Príncipe da Paz como Rainha da paz para o mundo e toda a criação. Por isso, celebra-se o Dia Mundial da Paz, decretado pelo Papa Paulo VI, em 1968. É a jornada mundial da paz, como jornada unida a esta festa mariana.
Até mais...
Pe. Ocimar Francatto