Padre Ocimar Francatto reflete esta semana sobre a Santa Mãe de DEUS -Parte II
Publicado em: 02/01/2020


Olá amigos e amigas!

Um Feliz Ano Novo a todos.

Que este ano de 2020 seja, para todos nós, um ano de paz, de alegria, de realizações e de muita oração!

A primeira celebração que tivemos ontem, dia 01 de janeiro, foi de Maria, Mãe de Deus. Todos os anos nós iniciamos o ano civil com a Celebração de Maria. Isso mostra a sua importância dentro da nossa Teologia e principalmente da Liturgia.

Desta forma gostaria de refletir com vocês: MARIA E O SEU CULTO. Hoje faremos a Parte I.

O termo “culto” vem do latim: “CULTUS”, que na linguagem religiosa significa: “reverência, homenagem, honra”.

Na liturgia da Igreja existem dois tipos de culto: “CULTO DE ADORAÇÃO” e “CULTO DE VENERAÇÃO”.

O culto divino é a adoração que atribuímos exclusivamente a Deus. O objetivo central do culto divino é a Santíssima Trindade, que é por excelência incriada (não criada) e infinita (sem começo nem fim).

A adoração é a atitude de total submissão e dependência a Deus, porque Ele é O Criador e O Senhor. Portanto, a Deus se faz um “CULTO DE ADORAÇÃO”.

À Virgem Maria prestamos um “CULTO DE VENERAÇÃO”. Não podemos adorar a Virgem Maria, pois ela não é uma divindade, mas uma criatura, redimida pelo Cristo e santificada pelo Espírito Santo.

O Culto a Maria também se distingue do “CULTO DOS SANTOS E ANJOS”. Na Igreja, o culto dos anjos e santos é veneração que atribuímos a eles, que estão no céu, por causa da excelência sobrenatural de sua graça e de suas virtudes.

Nós veneramos os santos, em reconhecimento de sua vida de entrega e união a Deus, e honramos os anjos por serem servos de Deus. Em nossas preces, cultuamos os santos e anjos, porque podem interceder por nós junto a Deus, fonte de todos os bens, graças e benefícios de que necessitamos.

Por ser a mais excelsa das criaturas, que está acima de todos os santos e anjos, nós prestamos culto particular a Nossa Senhora. O culto da Virgem Maria é a “VENERAÇÃO ESPECIAL”, que nós, cristãos, prestamos a ela.

A tradição da Igreja qualificou o culto mariano como “HIPERDULIA”. O termo “HYPERDOULÉIA” vem da junção de duas palavras gregas: “HYPER” = além, mais, especial, singular e “DOULÉIA” = veneração. Portanto, o culto mariano é veneração particular que se deve a Maria, por causa de sua singular dignidade de Mãe de Deus e Mãe da humanidade.

“Maria foi exaltada pela graça de Deus acima de todos os anjos e de todos os homens, logo abaixo de seu Filho, por ser a Mãe Santíssima de Deus e, como tal, haver participado dos mistérios de Cristo: por isso, a Igreja a honra com um CULTO ESPECIAL... este culto, tal como existiu sempre na Igreja, é de modo singular, mas difere essencialmente do culto de adoração que é prestado ao Verbo encarnado e do mesmo modo ao Pai e ao Espírito Santo, e muito contribui para ele” (Lumen Gentium, 66).

O centro da Liturgia e da catequese da Igreja Primitiva é o evento Jesus de Nazaré. É Ele que ocupa todo espaço de reverência e de culto. Por isso, ao fazer memória do Mistério Pascal do Crucificado-Ressuscitado, desde cedo as comunidades ligaram a essa memória a recordação das suas testemunhas: primeiro os santos e santas, depois Maria.

Até mais...

 

Pe. Ocimar Francatto