Pe. Ocimar Francatto reflete sobre Maria e o Pentecostes
Publicado em: 28/05/2020


Olá amigos a amigas!

Que alegria é estarmos juntos para mais uma reflexão da nossa Sagrada Liturgia.

No próximo Domingo, dia 31 de maio, nossa Igreja estará celebrando a Solenidade de Pentecostes, que é a plenitude do Mistério Pascal, onde recebemos o dom do Espírito Santo, como diz a oração do dia da Missa da Vigília de Pentecostes: “Deus eterno e todo poderoso, quisestes que o Mistério Pascal se completasse durante cinquenta dias, até a vinda do Espírito Santo”.

Nas Sagradas Escrituras encontramos estas passagens:

  • “Tendo entrado na cidade subiram à sala superior, onde habitualmente ficavam. Todos, unânimes, eram assíduos à Oração com algumas mulheres, entre as quais MARIA, MÃE DE JESUS” (Atos dos Apóstolos 1, 13-14).
  • “Quando chegou o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como de um vento forte, que encheu toda a casa onde se achavam. E apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um eles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo” (Atos dos Apóstolos 2, 1-4).

Então, concluímos que quando aconteceu a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos, Maria estava com eles. Por isso vamos meditar MARIA E  PENTECOSTES.

Queria partilhar com vocês uma belíssima reflexão feita por Inácio Larrañaga:

Não sei o que Maria tem. Onde ela aparece, temos uma presença clamorosa do Espírito Santo. Isso acontece desde o dia da encarnação. Aquele dia - não sei como explicar – foi a “Pessoa” do Espírito Santo que tomou posse total do universo de Maria. Desde aquele dia, a presença de Maria desencadeia uma irradiação espetacular do Espírito Santo.

Quando Isabel escutou o “Olá, bom dia!” de Maria automaticamente “ficou cheia do Espírito Santo” (Lucas 1,41).

Quando a pobre Mãe estava no templo, com o menino nos braços, esperando sua vez para o rito da apresentação, o Espírito Santo se apoderou do velho Simeão para dizer palavras proféticas e desconcertantes.

Na manhã de Pentecostes. Quando o Espírito Santo irrompeu violentamente, com fogo e tremor da terra sobre o grupo dos comprometidos, não estava o grupo sendo presidido pela Mãe (Atos dos Apóstolos 1,14)? Não sei que relação existe, mas há algum misterioso e profundo parentesco entre essas duas “pessoas”.

Ora, essa presença tão explosiva do Espírito Santo na Igreja primitiva não seria, mais uma vez, efeito da presença de Maria? Se o Espírito Santo é o impulso dinâmico na vida da Igreja, e particularmente em seus primeiros passos, não foi Maria a alma generosa daquela Igreja nascente?

Repito: eu não sei qual a explicação disso, mas existe uma relação misteriosa e profunda – não sei dizer se um condicionamento – entre as duas pessoas. Parece que a presença de Maria sempre coincide (geral?) com a presença do Espírito Santo.

(Inácio Larrañaga – O Silêncio de Maria, pp. 29-30)

E dentro desta coincidência de Maria com o Espírito Santo, temos a alegria em saber que a Solenidade de Pentecostes, nesse ano, cai no dia 31 de maio, que é a Festa de Visitação de Nossa Senhora, única festa mariana de todo o Tempo Pascal.

A Festa da Visitação de Nossa Senhora, tem origem remota na liturgia romana do século VI.

O calendário litúrgico leva em conta a narração evangélica que coloca a visitação no período dos três meses entre a Anunciação (25 de março) e o nascimento de João Batista (Lucas 1,56 – 24 de junho).

Quando a festa da Visitação de Maria a Isabel, coincide com a data de Pentecostes, contribui para aproximar Maria, solidária e missionária, à festa da expansão da Igreja no mundo.

A missa da Solenidade de Pentecostes, com o apagamento do Círio Pascal, de nossa Paróquia Nossa Senhora das Dores, de Nova Odessa será celebrada neste Domingo, dia 31 de maio, às 08:00 hs, na Igreja Matriz, ainda sem a presença do povo mas transmitida pelas nossas Redes Sociais.

Que Maria, que foi fecundada pelo Espírito Santo, nos ajude a viver a vida de Jesus, seu Filho.

Até mais...

 

Pe. Ocimar Francatto