Catequese Litúrgica com Pe. Ocimar Francatto: A narrativa da última ceia e consagração
Publicado em: 17/09/2020


Dentro dos elementos estruturais da Oração Eucarística vamos refletir A NARRATIVA DA ÚLTIMA CEIA E CONSAGRAÇÃO NA ORAÇÃO EUCARÍSTICA.

 “Pelas palavras e ações de Cristo se realiza o sacrifício que ele instituiu na última ceia, ao oferecer o seu corpo e sangue sob as espécies de pão e vinho, e ao entregá-los aos apóstolos como comida e bebida, dando-lhes a ordem de perpetuar este mistério” (Instrução Geral sobre o Missal Romano, 79d).

Por que fazemos isso? Porque na “noite em que ia ser entregue, Jesus tomou o pão...” (1Coríntios 11,23) e mandou que fizéssemos sempre isto: “fazei isto em memória de mim” (1Coríntios 11, 24). É por mandado do Senhor Jesus que nós estamos celebrando a Eucaristia, porque foi na última ceia que Jesus instituiu a Eucaristia.

Embora leve o nome de consagração, esta parte é a narrativa da instituição. Para mostrar a verdade do mistério se emprega a mesma fala de Cristo. A consagração do pão e do vinho em Corpo e Sangue de Cristo se dá durante toda a Oração Eucarística, por isso podemos chamá-la de ORAÇÃO CONSECRATÓRIA (de consagração).

Por razões históricas esta parte da Oração Eucarística foi colocada cada vez sendo a mais importante. O Concílio Vaticano II (1963-1965) quis reatar com a teologia dos primeiros séculos e reencontrou a dimensão pascal da eucaristia. Jesus Cristo Ressuscitado está presente em todos os momentos da Eucaristia, e não somente no momento da consagração. Recoloca a Oração Eucarística como sendo toda ela ação de graças, oblação, consagração e manda proclamá-la na língua vernácula, própria de cada país e em voz alta (Sacrosanctum Concilium 36, Rubricas do Missal Romano quando indicam o modo de realizar este gesto).