5º Domingo do Tempo Comum
Publicado em: 02/02/2017


“Sal da terra e luz do mundo!”

Leituras: Isaías 58, 7-10; Salmo 111 (112), 4-5.6-7.8a9; Primeira Carta de São Paulo Apóstolo aos Coríntios 2, 1-5; Mateus 5, 13-16.

COR LITÚRGICA: VERDE

Animador: Celebramos a Cristo crucificado e ressuscitado, fundamento da nossa fé e do nosso testemunho. A liturgia nos convida a renovar o compromisso de sermos sal e luz, pessoas que conferem sabor e sentido às realidades da vida. Louvemos ao Pai do céu pelo seu poder manifestado em toda ação que expulsa do mundo as trevas da opressão e da injustiça.

1. Situando-nos brevemente

Domingo passado estivemos com Jesus, que nos falava do segredo das bem-aventuranças. O segredo é o Reino de Deus que com Ele é trazido para dentro da sociedade humana. E quem faz parte deste Reino? Os que, como Jesus, optam pela justiça desse Reino e o vivem, isto é, se fazem pobres, desprendidos, para estar com os pequenos, os pobres, abandonados, injustiçados. Desses é o Reino dos Céus, e esses serão de fato felizes.

Deus não se cansa de nós. Por isso, mais uma vez, nos reúne aqui para ter um colóquio conosco e nos oferecer uma Ceia de comunhão com Ele. Que imensa graça! Por isso, proclamamos logo no início desta celebração: “Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo”. Ele acabou de falar-nos, mostrando-nos qual é identidade cristã e sua especificidade dentro da sociedade.

2. Recordando a Palavra

Há dois domingos, a Palavra nos mostrava que Jesus não trabalha sozinho. Ele trabalha em equipe. Por isso, as pessoas que o seguem, seus discípulos, são convidados a integrarem-se no movimento de um mundo novo sendo inaugurado. O Reino de Jesus é o mundo novo que se descortina. Ele é o tempero e a luz deste mundo novo. E os discípulos e discípulas, seguidores deste Mestre de sadia qualidade de vida para quem vive sem qualidade, também se identificam com Ele.

Por isso, a Boa-Nova de hoje, mediante Evangelho de Mateus (Mt 5, 13-16), vem chamar esses discípulos de “sal” e “luz”: “Vocês são o sal da terra ... Vocês são a luz do mundo” (v.13-14). E como o serão? Como Jesus, através da prática das “boas obras” (v.16).

Cumpre-se assim o que diz Deus pelo profeta Isaías, como ouvimos na primeira leitura (Is 58, 7-10). Precisamente em um período de tremenda crise econômica, social e política. Deus mesmo indica as boas obras a serem praticadas: “Reparta o pão com o faminto, acolha em casa pobres e peregrinos, providencie roupa para quem não tem ... Então a sua luz vai brilhar como aurora ... Se você destruir os instrumentos de opressão e abandonar os hábitos autoritários e o linguajar maldoso; se você acolher de coração aberto o indigente e prestar todo o socorro ao necessitado, então do meio das trevas vai nascer a sua luz, e sua vida será como o meio-dia” (v.7-10).

Por isso, motivados por esta Palavra, hoje cantamos o Salmo 111, cujo refrão soa assim: “Uma luz brilha nas trevas para o justo, permanece para sempre o bem que fez” (v.9).

Jesus fez tudo isso. E o fez tão bem que acabou morrendo crucificado, por causa das boas obras que praticou. Gente poderosa que não suportou toda essa novidade do Reino de Deus, tentou sufocá-lo, mas não conseguiu. Jesus ressuscitou e sua luz brilhou de vez. Por isso que o apóstolo Paulo, na primeira Carta à jovem comunidade de Corinto, como ouvimos na primeira leitura (1Cor 2, 1-5), testemunha de si mesmo: “O meu ensinamento e a minha mensagem não foram dados com a linguagem da sabedoria humana, mas com provas firmes do poder do Espírito de Deus; portanto, a fé que vocês têm, não se baseia na sabedoria humana, mas no poder de Deus”.

3. Atualizando a Palavra

“Vocês são o sal da terra ... Vocês são a luz do mundo”. Pode parecer muita pretensão dizer que os seguidores de Jesus, gente simples e sem brilho, devam ser “sal e luz” para o mundo. Então, o que Jesus quer dizer? Ele quer dizer que “esses simples galileus, agora reunidos na comunidade do Reino de Deus, dão sabor ao mundo insípido e devem deixar brilhar as suas boas obras, para que as pessoas deem graças da Deus. Pois Deus é reconhecido nas boas obras de seus filhos. Isso significa também que não devem fazer as boas obras por vaidade própria: uma ‘luz’ boa não ofusca a vista com seu próprio foco, mas ilumina o mundo em torno a si. A primeira leitura dá um exemplo de como deixar brilhar essa luz: saciar os famintos, acolher os indigentes, afastar a opressão de nosso meio” (J. Konings., Op., cit., p.140).

Olhando para o nosso entorno, percebemos que “a sociedade de hoje procura um brilho diferente daquele do Evangelho: luxo e esbanjamento, diploma comprado e esperteza para enganar os outros. O sal e luz do Evangelho não são reservados aos que tem riqueza e poder. Encontram-se na vida dos mais pobres. Este pode ser sal e luz até para os ricos e cultos: faz-lhes ver a vida em sal nudez e provoca no coração deles a opção fundamental. Diante do pobre, os abastados têm de optar a favor ou outra o Cristo, o pobre. A solidariedade dos pobres e com os pobres questiona os ‘valores’ de uma sociedade individualista e competicionista, na qual cada um abocanha tudo quanto consegue. O povo dos pobres é, para todos, a luz que lhes faz ver a dimensão decisiva de sua vida. O brilho do mundo, ao contrário, leva ao tédio; em vez de sal e luz, escuridão e entorpecentes...”. Por isso que Paulo, como vimos na segunda leitura: “não pregas coisas de sucesso, mas o Cristo crucificado, para que a fé não se baseie em sabedoria de homens, mas no poder de Deus, que ressuscitou Jesus” (Ibidem, p.140-141).

E, para conclui, diríamos ainda que “para sermos sal e luz, Cristo não ordena esforços sobre-humanos. Basta nossa adesão cordial e íntima a Jesus e a sua comunidade... Quem adere de verdade à comunidade do Reino que Ele convoca, será sal e luz. Se somos verdadeiramente discípulos dele, comunicamos cor e sabor ao mundo. Por nossa bondade, simplicidade, justiça, autenticidade e também por nossos sacrifícios, se for o caso, tornamos o mundo luminoso e gostoso, de modo que os nossos semelhantes possam dar graças a Deus” (Ibidem, p.141).

E, claro, isso só acontece se, como Jesus, confiarmos acima de tudo no amor gratuito de Deus. Por isso que, logo no início de nossa celebração, fizemos este significativo pedido: “Velai, ó Deus, sobre a vossa família, com incansável amor; e como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção” (Oração do dia).

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Logo mais participaremos da Ceia do Senhor, memorial da sua morte e ressurreição. Damos graças a Deus por nos ter iluminado com a luz deste Cristo, nossa Páscoa e, depois de saciados do seu Corpo entregue e do seu Sangue derramado, então, como conclusão elevamos aos céus este pedido, que tem muito a ver com a Palavra hoje ouvida: “Ó Deus, vós quisestes que participássemos do mesmo pão e do mesmo cálice; fazei-nos viver de tal modo unidos em Cristo, que tenhamos a alegria de produzir muitos frutos para a salvação do mundo. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!” (Oração depois da comunhão).

Que esta eucaristia de fato nos anime e fortaleça na prática de boas obras em favor dos pequenos, pobres, sofridos, abandonados, injustiçados e, assim, sejamos tempero do Reino para a terra e luz de Cristo para do mundo. Amém!

Oração dos fiéis:

Presidente: Ao Deus que é Pai bondoso elevemos como filhos e filhas as nossas preces.

1. Velai Senhor pela tua Igreja, pelo Papa Francisco, pelos bispos, sacerdotes e diáconos, leigos e leigas, para que possa corresponder sempre à vontade de Deus. Fazei que tua Igreja possa ter uma prática marcada pela atenção às necessidades de nossos irmãos e irmãs. Peçamos:

Todos: Senhor, ajude-nos a ser sal da terra e luz do mundo.

2. Senhor, que os governantes estejam ao lado dos mais necessitados para que assim possam também ser sal e luz do mundo. Peçamos:

3. Senhor, ajudai nossa comunidade a testemunhar o Evangelho de modo autêntico e com simplicidade. Peçamos:

4. Senhor, cumulai-nos com a alegria que vem de Ti, para que possamos viver serenamente os momentos de provação. Peçamos:

(Outras Intenções)

Presidente: Senhor, que transforma a nossa vida com o Espírito que vem de Ti, converta nosso coração e faça-nos sempre seguir os teus preceitos. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:

Presidente: Senhor nosso Deus, que criastes o pão e o vinho para alimento da nossa fraqueza, concedei que se tornem para nós sacramento da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:

Presidente: Ó Deus, vós quisestes que participássemos do mesmo pão e do mesmo cálice; fazei-nos viver de tal modo unidos em Cristo, que tenhamos a alegria de produzir muitos frutos para a salvação do mundo. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

RITOS FINAIS

AGENDA DO BISPO DIOCESANO:

Dia 04 de fevereiro – sábado: Missa e posse de pároco do Pe. Marcos Radaelli Melo, na Paróquia São Domingos de Gusmão, às 18h00 – Americana, SP.

Dia 05 de fevereiro – domingo: Missa de criação e instalação da Paróquia São Camilo de Lellis, e posse do seu 1º. Pároco: Pe. Paulo Henrique Oliveira, às 09h00 – Americana, SP.

 Dia 05 de fevereiro – domingo: Missa de instalação do novo Santuário dedicado ao Senhor Bom Jesus dos Aflitos, e posse do seu Pároco: Pe. Vinícius Alves, às 19h00 – Pirassununga, SP.

Dia 07 de fevereiro – terça-feira: Primeira Reunião do Conselho Episcopal, Residência Episcopal, às 09h00 – Limeira, SP.

Dia 08 de fevereiro – quarta-feira: Reunião ordinária – Americana – Setor Família – 09h00.

Dia 08 de fevereiro – quarta-feira: Missa e posse de pároco do Padre João Delmiglio, na Paróquia São Cristóvão,  às 19h30 – Limeira, SP.

Dias 09 de fevereiro – quinta-feira: Missa e posse de pároco do Pe. Antônio Ramildo Marques, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, às 19h30, Cosmópolis, SP.

Dia 10 de fevereiro – sexta-feira: Missa e posse de pároco do Pe. Eduardo da Silva Luiz, Paróquia São Manoel, às 19h30 – Leme, SP.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA:

Presidente: O Senhor esteja convosco.

Todos: Ele está no meio de nós.

Presidente: Que o Senhor nos torne firmes e corajosos na missão de levar a Boa-Nova a todos.

Todos: Amém

Presidente: (Dá a bênção e despede a todos).