Esta semana Pe. Ocimar reflete sobre a História do Domingo de Páscoa
Publicado em: 12/04/2017


Olá amigos e amigas!

Com é bom nos encontrarmos em plena Semana Santa!

Já tivemos a oportunidade de refletir sobre as celebrações desta Semana Santa. Como é bom saber o que estamos celebrando. Podemos realizar estas celebrações de modo mais mistagógico.

Vamos refletir, hoje, sobre a última celebração que falta que é a HISTÓRIA DO DOMINGO DE PÁSCOA.

Antes porém, de entramos neste tema gostaria de falar de algo que muitas pessoas me perguntam: Por que na Quaresma os SANTOS ESTÃO COBERTOS DE ROXO?                                          

É um costume muito antigo na Igreja que, vem do Segundo Milênio ou dos finais do Primeiro milênio.

O que diz a Igreja? “Pode-se conservar o costume de cobrir as cruzes e imagens da igreja, conforme parecer das Conferências Episcopais. As cruzes permanecerão veladas até o fim da celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-feira Santa. As imagens, até o início da Vigília Pascal” (Missal Romano, p. 211).

Sobre isso precisamos frisar algumas coisas:

1.NÃO É OBRIGATÓRIO. No Missal Romano antigo de Pio V, que vigorou na Igreja, durante quatro séculos (1570 – 1970), era obrigatório cobrir, com véus roxos, todas as cruzes e imagens expostas na igreja. Hoje é facultativo, tanto que o Missal Romano fala “para conservar o costume”, por isso algumas igrejas cobrem as cruzes e as imagens e outras não.

2. SENTIDO. O sentido profundo desse ato de cobrir as cruzes e as imagens, fundamenta-se no luto pelo sofrimento de Cristo, levando os fiéis a refletir, ao contemplar esses objetos sagrados cobertos e roxo, que simboliza a tristeza, a dor e a penitência. É centrar a atenção dos fiéis no Mistério da Paixão do Senhor. Tudo o que pode desviar esta atenção, como as imagens dos Santos, devem ser cobertos. É costume de muitas pessoas prestarem sua devoção aos Santos e Santas na igreja, quando chegam ao templo fazem diante deles a sua oração. Neste tempo, devem estar cobertos para que nossa atenção seja toda voltada para o Mistério da Paixão do Senhor.

A cruz coberta lembra-nos a humilhação de Jesus, que teve de ocultar-se para não ser apedrejado pelos judeus. (Jo 10, 31-32.39-40).

3. QUANDO DEVEM SER COBERTAS. O Missal Romano deixa bem claro: “no Quinto Domingo da Quaresma”. Tem comunidades que cobrem seus Santos logo no início da Quaresma. Está errado! Ficam cobertas nas últimas duas semanas da Quaresma, quando a liturgia vai meditar na Paixão e Morte de Jesus Cristo.

4. QUANDO DEVEM SER DESCOBERTAS. Também isso fica claro no Missal Romano: “As cruzes permanecerão veladas (cobertas) até o final da celebração da Paixão de Senhor, na Sexta-feira Santa. As imagens, até o início da Vigília Pascal” (Missal Romano, p, 211). As cruzes são descobertas após a celebração da Paixão do Senhor, porque nesta celebração contemplamos a Morte do Senhor. A celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor e das celebrações da Ceia do Senhor (Quinta-feira Santa), e da Paixão do Senhor (Sexta-feira Santa) são realizadas com as imagens e as cruzes cobertas.

Depois de feitas estas observações, voltamos à nossa reflexão de hoje: a HISTÓRIA DO DOMINGO DE PÁSCOA.

No início do cristianismo, o Domingo de Páscoa não tinha uma liturgia própria, porque a celebração da Vigília Pascal se estendia até de madrugada.

Após a reforma litúrgica de 1955 (Pio XII) e 1970 (Vaticano II), o Domingo de Páscoa passa a ser considerado como uma festividade verdadeira e própria.

A celebração desse dia é plena de alegria e esperança. As leituras são sempre as mesmas em todos os três ciclos anuais (A=Mateus, B=Marcos, C=Lucas).

A sequência pascal marca a emoção e a esperança da comunidade. Jesus Cristo é o vencedor da Morte. Ele rompeu as barreiras do tempo e do espaço. Ele é um convite à nossa ressureição.

(VV AA – Vivendo a Semana Santa)

Que possamos participar de maneira plena e consciente do Tríduo Pascal (Quinta-Sexta-Sábado Santos) e tomar consciência da unidade da Morte e Ressurreição de Cristo como sendo um todo do Mistério Pascal.

Até mais...

 

Pe. Ocimar Francatto