4º Domingo da Páscoa
Publicado em: 27/04/2017


“Jesus é a porta das ovelhas que ouvem a sua voz!”

 

Leituras: Atos 2, 14a.36-41;

Salmo 22 (23)

Primeira Carta de Pedro 2, 20b-25;

João 10, 1-10.

COR LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA

Animador: Aleluia irmãos e irmãs, Jesus ressuscitou! Jesus, o Bom Pastor, cuida com carinho materno de nossa vida e nos chama pelo nome; é o promotor da Vida em plenitude. Que nesta páscoa semanal o "Bom Pastor" nos encoraje a decidir pela vida. Rezemos também hoje, pelas vocações sacerdotais e religiosas, para que possam ser sinal do Cristo Bom Pastor.

Situando-nos

Hoje celebramos o Domingo do Bom Pastor. Ele chama as ovelhas pelo nome, caminha à frente delas. Ele carrega as ovelhas no colo, cura suas feridas, defende-as do ladrão e assaltante. Recebemos dele o carinho e o cuidado.

Neste itinerário pascal, estamos fazendo, a exemplo das discípulas e discípulos do Senhor, a experiência de ver o Ressuscitado e de professar a fé Nele.

A partir deste domingo, assumimos a proposta de Jesus, dando continuidade à sua missão. Na certeza de que Ele está vivo e caminha conosco, somos chamados a enfrentar a perseguição e o sofrimento, e a oferecer a vida, como fez Jesus.

Diante da Palavra dirigida a nós hoje, brota a pergunta: “O que devemos fazer?” Renovando nossa vocação batismal, sejamos pastores. Lembramos as palavras do Papa Francisco, dirigidas aos ministros ordenados, mas que se aplicam a todo o cristão: “Vo-lo peço sede pastores com ‘cheiro de ovelhas’, (...) pastores no meio do seu rebanho, e pescadores de homens“ (FRANCISCO. Santa Missa crismal. Homilia do Santo Padre Francisco, Basílica Vaticana, quinta-feira santa, 28 de março de 2013).

Rezamos, hoje, como Igreja pela Vocações Sacerdotais e Religiosas. Para o Papa Francisco, “não poderá jamais haver pastoral vocacional nem missão cristã, sem a oração assídua e contemplativa, porque a vida cristã se alimenta com a escuta da Palavra de Deus, sobretudo cuidar da relação pessoal com o Senhor na adoração eucarística” (FRANCISCO. Mensagem pelo Dia Mundial pelas Vocações de 2017

Recordando a Palavra

A leitura dos Atos dos Apóstolos é a continuação da pregação missionária do apóstolo Pedro. O Testemunho de fé em Jesus, como o Senhor e como o Cristo, impele ao compromisso: “Irmãos, o que devemos fazer?” (2,37). Pedro, porta-voz da comunidade, indica o caminho para a adesão a Cristo ressuscitado: “Convertei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo” (2,38).

A conversão (metanoia) leva à mudança radical, para acolher a proposta de salvação em Cristo, deixando-se renovar, vivificar e transformar pela ação do Espírito Santo. A vida nova, manifestada no Batismo, conduz a revestir-se de Cristo (cf. Gl3,27), incorporando-se na comunidade de seus seguidores e seguidoras. O número elevado dos que se converteram ressalta a rápida expansão das comunidades cristãs primitivas, conduzidas pela ação do Espírito do Ressuscitado.

No Salmo 22 (23), o salmista canta cheio de confiança em Deus “O Senhor Deus é o meu pastor, não me falta coisa alguma”. O Pai, em sua divina providência, cuida sempre de nós com ternura e solicitude. Em Cristo, ele revelou seu amor gratuito, que restaura nossa vida plenamente. A água, a mesa, o óleo, o cálice são símbolos escolhidos por Jesus, para ser o Bom Pastor do povo.

A Leitura da Carta de Pedro é um hino a Cristo, que deixou seu exemplo de fidelidade ao projeto salvífico do Pai, “para que sigais os seus passos (cf. 2,21). Quando maltratado e injuriado, Ele não retribuía com agressores e vingança, mas “colocava a sua causa nas mãos Daquele que julga com justiça” (2,23). Por meio de sua paixão e morte redentora fomos curados, libertados, “a fim de que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça” (2,24). De sua entrega por amor resulta a vida e a salvação do povo. Assim, Cristo tornou-se o “pastor e guarda das ovelhas de vossas vidas” (cf 2,25).

Muitos cristãos viviam na condição de escravos ou servos, “submetidos aos patrões” (cf 2,18). O exemplo de bondade e paciência de Cristo ensina a trilhar o caminho da justiça através da não violência. Fortalece a identidade dos cristãos, chamados a viver o amor solidário, “a fazer o bem para ser agradáveis a Deus”.

O Evangelista João ressalta que Jesus é o Bom Pastor. A figura do pastor aparece, sobretudo, nos profetas e nos salmos (cf. Is 40,11; Jr 23, Ez 34; Sl 22 (23); 79 (80)), para sublinhar o cuidado especial de Deus pelo povo. O pai confia as ovelhas ao cuidado do Filho, que oferece a vida para defender e salvar o rebanho.

No tempo de Jesus, muitas lideranças não estavam exercendo seu ministério de conduzir e iluminar o povo. O Filho de Deus se apresenta “como o Bom Pastor” que cuida das ovelhas com ternura e doa sua vida pela salvação. Os pastores verdadeiros entram pela porta que é Jesus e o seguem, vivem e testemunham seu Evangelho. Por Jesus, “a porta”, as ovelhas são conduzidas aos prados verdejantes, onde encontram vida abundante (Sl 22/23).  Aqueles que não entram pela porta, aproximam-se do rebanho para “roubar, matar e destruir”.

Jesus é o Bom Pastor que liberta e conduz as ovelhas para fora, oferece a vida nova e plena. Ele “chama as ovelhas pelo nome”, estabelece uma comunhão existencial de confiança, amor e liberdade. Como enviado do Pai, “Jesus caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz” (10,4). As ovelhas conhecem a voz do pastor, mas fogem com medo dos estranhos, pois não reconhecem sua voz.

O testemunho de Jesus ressuscitado decorre da escuta e da adesão à sua Palavra, ao seu projeto libertador. Ele é a porta aberta, que conduz à vida plena: “Quem entrar por mim será salvo; entrará e sairá, e encontrará pastagem” (10,9). Jesus é o caminho para os rebanhos saírem rumo às pastagens, à plenitude da salvação no Pai. Os que passam por Jesus Cristo encontram o caminho para a vida plena. “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (10,10). O dom maior aqui oferecido é a própria vida de Jesus, que veio para que todos tivessem vida, e ativessem em abundância.

Atualizando a Palavra

Jesus é o Bom Pastor que oferece a vida, ensinando a amar e a servir na gratuidade, sem abandonar e explorar as ovelhas. Ele é a porta, o caminho por onde devem passar os pastores verdadeiros e todos os que aderem ao seu projeto de salvação.

Jesus se apresenta como Bom Pastor. A Carta de Pedro nos revela que Jesus é o pastor e cuida de nossas vidas porque assumiu nossas dores, foi comprovado no sofrimento da cruz e mostrou sua total confiança ao Pai, abandonando-se inteiramente em suas mãos.

Provavelmente, para nós, neste 4º Domingo do Bom Pastor, tenhamos dificuldade de entender a imagem de “pastor”. De um lado não tivemos a oportunidade de vivenciar ou pelo menos contemplar a atividade de um “pastor de rebanhos”. Por outro lado, vivemos numa sociedade urbanizada. O pastor e as ovelhas não fazem parte de nossa realidade. Todavia como podemos adaptar a parábola de Jesus, o Bom Pastor, para os nossos dias?

Em Cristo, no seguimento de seus passos encontramos vida abundante, forças para vencer as injustiças com o amor solidário, o mal com o bem.

Os discípulos tiveram de abrir as portas para continuar a missão de Cristo, para anunciar a Boa Notícia de sua ressurreição. Os pastores verdadeiros passam sempre pela porta do Bom Pastor, para conduzir as ovelhas até ele. Eles têm o desafio de testemunhar Cristo ressuscitado, colocando suas vidas a serviço do povo com amor. Suas palavras não devem julgar e condenar, mas incentivar e unir as pessoas que estão dispersas e excluídas. O Papa Paulo VI afirma que é necessário imitar a figura inefável, doce e heróica do Bom Pastor, sua missão de guia, de mestre, de guardião, de salvador. A ciência da Igreja é enriquecida de carismas para salvar as pessoas, isto é, conhecê-las, aproximar-se delas, instruí-las, guiá-las, servi-las, defendê-las, amá-las, santificá-las (PAULO VI. Discurso de abertura da segunda sessão do Concílio Vaticano II. Roma. 29/09/1963).

O Papa Francisco enfatiza que “O povo de Deus precisa de ser guiado por pastores que gastam a sua vida ao serviço do Evangelho” e pede às comunidades paroquiais, associações e grupos de oração que peçam “ao Senhor que mande operários para a sua messe e nos dê sacerdotes enamorados do Evangelho”. Segue o Papa dizendo que “Não poderá jamais haver pastoral vocacional nem missão cristã, sem oração assídua e contemplativa”, porque a vida cristã se alimenta com a escuta da Palavra de Deus, “sobretudo cuidar da relação pessoal com o Senhor na adoração eucarística”. Assim, “o discípulo não recebe o dom do amor de Deus para sua consolação privada, não é chamado a ocupar-se de si mesmo nem cuidar dos interesses duma empresa”, mas “não pode guardar essa experiência para si mesmo” (PAULO VI. Discurso de abertura da segunda sessão do Concílio Vaticano II. Roma, 29 de setembro de 1963).

Ligando a Palavra com ação litúrgica

O Senhor diz que suas ovelhas escutam sua voz. Ele nos chamou pelo nome e nos reunimos para celebrar o mistério de sua Páscoa. Nós entramos pela Porta que é o próprio Senhor, escutamos sua voz que nos fala ao coração. Diferentemente de ladrões e assaltantes, Ele nos indica o caminho da vida, nos conduz para águas repousantes e restaura nossas forças.

Participamos da mesa que Ele nos prepara, mesa farta, dando-se em alimento: “Isto é o meu corpo dado por vós”. Partilhando desta mesa, tomamos parte em seu grande mistério de morte, ressurreição na certeza de sua vinda final.

Restaurados nas mesas, onde o Senhor se oferece como alimento, fortalecidos por Jesus Cristo, renovamos nossa vocação batismal de sermos testemunhas eloquentes do seu Reino no mundo.

Neste domingo de Oração Mundial dedicado às vocações sacerdotais e religiosas, o Papa Francisco nos recorda: “o compromisso missionário não é algo que vem acrescentar-se à vida cristã como se fosse um ornamento, mas, pelo contrário, situa-se no âmago da própria fé. A relação com o Senhor implica ser enviados ao mundo” (Idem).

Preces dos fiéis

Presidente: Ao Deus da vida que quer seus filhos e filhas unidos sob a liderança de um só Pastor, que conhece e ama a cada um, é que faremos nossos pedidos.

1. Senhor, ilumina com teu amor a Igreja, para que sempre seja promotora da vida. Peçamos:

Todos: Jesus, Bom Pastor, guiai-nos ao Pai!

2. Senhor, faça com que os governantes aprendam o exemplo do Bom Pastor e tratem o povo com carinho e amor. Peçamos:

3. Senhor, olhai com carinho pelo nosso povo sofredor, para que possam sentir a proteção do Bom Pastor.

4. Senhor, ensina teus filhos e filhas, aqui reunidos, a terem coragem de se doarem a favor da vida daqueles que ainda não encontraram o "Bom Pastor". Peçamos:

(Outras intenções)

Presidente: Deus de bondade, acolha as preces de teus filhos e filhas e guie-os pelos caminhos do Cristo Ressuscitado, o Bom Pastor. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos:  Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:

Presidente: Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:

Presidente: Velai com solicitude, ó Bom Pastor, sobre o vosso rebanho e concedei que vivam nos prados eternos as ovelhas que remistes pelo sangue do vosso Filho. Que vive e reina para sempre.

Todos: Amém

AVISOS

AGENDA DO BISPO DIOCESANO:

DIA 06 – de maio - sábado

Assunto: Encontro de Comunicação no CDL

Assunto: Crisma – Santa Luzia – Limeira – 19h – Padre Danilo

DIA 07 – de maio - domingo

Assunto: Crisma – Nossa Senhora do Rosário – Limeira – 09h30min – Padre Alexandre Favretto

Assunto: Crisma – Nossa Senhora das Dores – Artur Nogueira – 19h – Padre Edson Adélio

Dia 09 de maio – terça-feira

Assunto: Reunião do Conselho Episcopal – 08h30min

Dia 12 de maio – sexta-feira

Assunto: Crisma – São Judas Tadeu – Descalvado – 19h30min – Padre Alex

Dia 13 de maio – sábado

Assunto: Crisma – Jesus Crucificado – Iracemápolis - 19h – Padre Vladimir

Dia 14 de maio – domingo

Assunto: Crisma no Santuário São Sebastião – 08h – Porto Ferreira – Padre Luis Fabiano

Assunto: Crisma – Sagrado Coração de Jesus – 19h – Padre Gilmarcos - Limeira

Benção Final

Presidente: O Senhor esteja convosco. Aleluia. Aleluia.

Todos: Ele está no meio de nós

Presidente: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso Pai, Filho e Espírito Santo.

Todos: Amém. Aleluia. Aleluia.

Presidente: Vamos em paz e que o Senhor vos acompanhe.

Todos: Graças a Deus, Aleluia, Aleluia!