Catequese com o Pe. Ocimar: O padre faz as orações da Eucaristia de braços abertos
Publicado em: 25/05/2017


Olá amigos e amigas!

Estamos mais uma vez juntos para refletirmos sobre a nossa Sagrada Liturgia.

Vocês já perceberam que durante a Eucaristia (Missa) o padre faz algumas orações de BRAÇOS ABERTOS? Vamos refletir o sentido deste gesto litúrgico.

A Instrução Geral do Missal Romano nos diz que: as orações presidenciais (feitas pelo bispo ou pelo padre): ORAÇÃO DA COLETA OU DO DIA (IGMR 127); SOBRE AS OFERENDAS (IGMR 146); DEPOIS DA COMUNHÃO (IGMR 165) e a ORAÇÃO EUCARÍSTICA (IGMR 148) são realizadas com o gesto do presidente de BRAÇOS ABERETOS.

Esta é a postura mais típica da pessoa orante:

“Clamo vós, Senhor, sem cessar, todo o dia, MINHAS MÃOS PARA VÓS SE LEVANTAM em prece” (Sl 88,10);

“Assim te bendirei enquanto for vivo, no teu nome ERGUEREI MINHAS MÃOS” (Sl 63,5);

“Que minha oração suba à tua presença como incenso, a ELEVAÇÃO DE MINHAS MÃOS como oferta da tarde” (Sl 141, 2).

Os Santos Padres (primeiros escritores da teologia da Igreja) gostavam de comparar essa atitude orante com o Cristo na Cruz. Tertuliano dizia: “se colocares um homem com suas mãos estendidas, terás a figura da Cruz”.

É um sinal prefigurativo da famosa cena de Moisés orando intensamente a Deus em favor de seu povo que lutava contra Amalec (um deus pagão – Ex 17, 8-13). “Enquanto Moisés ficava com as MÃOS LEVANTADAS, Israel vencia; quando ele abaixava as mãos, Amalec vencia” (Ex 17,11).

Figura expressiva de Cristo que intercede pela humanidade na Cruz e consegue para todos a Nova Aliança. Rezamos na Oração Eucarística: “Antes, porém de seus BRAÇOS ABERTOS traçarem entre o céu e a terra o sinal permanente de vossa aliança...” (Oração Eucarística sobre a Reconciliação I).

O Documento 43, da CNBB (Animação da Vida Litúrgica no Brasil) no número 148, diz que os sinais que usamos nas celebrações litúrgicas precisam ser “verdadeiros e abundantes”.

Os “BRAÇOS ABERTOS” são um sinal litúrgico, por isso deveriam entrar nesta mesma dinâmica:

VERDADEIRO: fazer o gesto não só com o braço (gesto corporal), mas que seja um reflexo do coração (espiritualidade). Que o gesto externo esteja de acordo com o gesto interior (louvor a Deus);

ABUNDANTE: usar o gesto com largueza, ou seja, abrir bem os braços.

Neste gesto de “BRAÇOS ABERTOS” não toco coisa determinada. Antes, levanto minhas mãos abertas em direção a nada. E com ela tento tocar o mistério do próprio Deus. As minhas mãos se estendem para o intocável, para o inapreensível. Lanço minhas mãos vazias para Deus. Delas sairão alguma coisa que chega até Deus.

Como é profundo este gesto. Você já tinha pensado nisto?

Gostaria de lembrar que no próximo Domingo dia 04 de junho, vamos celebrar o DIA DE PENTECOSTES. Vamos ter na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, no sábado, dia 03 de junho, às 18:30 hs, a Missa da Vigília de Pentecostes.

ATENÇÃO! No Domingo de Pentecostes vamos ter UMA ÚNICA MISSA, às 09:00 hs, na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores. Não haverá missas nas comunidades e nem na Igreja Matriz.

Por que?

É o encerramento do Tempo Pascal, é o dia do nascimento da Igreja, com a vinda do Espírito Santo, é o dia da UNIDADE. Então para manifestar esta unidade faremos uma ÚNICA MISSA com todas as comunidades, pastorais, movimentos, serviços da nossa Paróquia.

Vejam o que os diz a Igreja: “Os cinquenta dias entre o domingo da Ressurreição e o domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa, ou melhor, ‘como um grande domingo’” (Normas Universais do Ano Litúrgico e Calendário Romano Geral, 22).

Ou seja, quando teve início o Tempo Pascal, com a Ressureição do Senhor, fizemos uma grande festa; agora quando se encerra, no Pentecostes, faremos outra grande festa, como diz a Igreja: o Tempo Pascal é como “um grande Domingo”.

Será uma Missa muito bonita e muito significativa. Você não poderá ficar de fora!

Até mais...

 

Pe. Ocimar Francato