14º Domingo do Tempo Comum
Publicado em: 07/07/2017


“Bom é o Senhor para com todos!”

Leituras: Zacarias 9, 9-10; Salmo 144 (145), 1-2.8-9.10-11.13cd-14; Carta de São Paulo aos Romanos 8, 9. 11-13; e Mateus 11, 25-13.

COR LITÚRGICA: VERDE

Animador: Muitas vezes nos consideramos sábios, autossuficientes, achando que podemos por nós mesmos conhecermos a realidade de Deus, esquecendo que o acesso a essa realidade tem um caminho: Jesus. Pois ninguém conhece o Pai, senão o Filho. Ele nos convida a aprender uma nova forma de vida baseada na sua humildade e simplicidade.

1. Situando-nos brevemente

No 14º Domingo do Tempo Comum o tema é a contínua ação de graças que o cristão deve manter através de sua experiência com Cristo. Sempre presente no meio de nós, Ele é a certeza que nos motivará a esta atitude.

As seduções do mundo podem até desestabilizar a nossa vida levando-nos a crer que o material é o essencial e as coisas simples da vida são o supérfluo, o não importante. Cristo, pelo contrário, endereça toda sua atenção às pequenas coisas da vida, às quais a comunidade cristã deve prestar bastante atenção na construção do Reino.

O mundo cada vez mais faz tirar a nossa atenção do que é de Deus e suas maravilhas, fazendo as desgraças parecerem mais importantes que as pequenas coisas que muitos pelo mundo realizam de bom. Ele está no meio de nós e se propõe a tirar as opressões do cotidiano mediante a doçura do seu fardo e do jugo que é suave e leve. Contrário à ótica do mundo e dos mecanismos globalizantes que o capitalismo desenfreado quer impor.

2. Recordando a Palavra

A leitura do profeta Zacarias antecipa a leitura do Evangelho que nos apresenta o Messias dos humildes e dos pequenos. Esta leitura que também é feita no Domingo de Ramos nos aponta como é a chegada do “justo, humilde e vitorioso”. É o anunciador de paz, o dominador e o destruidor de carros de guerra, da violência e das contendas.

Mas o anúncio é feito a um personagem célebre nas Escrituras a “filha de Sião”. Quem é esta filha de Sião? Embora as Escrituras a revelem um nome específico, mas se sabe que o profeta está dirigindo-se aos humildes de Israel. Se sabe ainda que Sião é uma pequena colina dentro de Jerusalém ou ainda um bairro, onde moram os rejeitados da sociedade, ou seja, os humildes.

A Tradição e Liturgia da Igreja sempre identificaram a filha de Sião, Maria de Nazaré. Sim, o foco da piedade mariana deve mirar com profundidade esta filha de Sião. Contudo, mirar e admirar requer imitação e deixar que o Senhor entre em nossa vida pela porta da humildade, em vista da imitação e prática da justiça, nas atitudes humildes e convictos de que sendo justos e humildes seremos vitoriosos.

3. Atualizando a Palavra

A segunda leitura nos afirma que os batizados estão sob o domínio do Espírito Santo e não sob qualquer outro domínio. Portanto, a nossa vida é pautada pela luz do Espírito de Deus que nos impele a não negarmos. Cristo que vive em nós. Ora, neste prisma a nossa vida é impulsionada a eliminar, rejeitar o que é nocivo à vida do Espírito, que é paz, alegria, harmonia, amor, perdão, reconciliação, boas intenções etc.

Maria é, por excelência, a “pneumatófora”, isto e, a portadora do Espírito Santo. As Escrituras nos apontam esta realidade por três vezes: na sua Imaculada Conceição (Lc 1,27), na Encarnação (Lc 1,26) e no Pentecostes (At 1,14).

Sendo portadora do Espírito, Maria, saudando Isabel, está repleta do Espírito (Lc 1,41), pois o Cristo era o todo da Virgem na fé e na carne (mente, espírito e ação).

O Ano Mariano nos convida a nos recordarmos, que, assim como Maria, possuímos o mesmo Espírito que desceu sobre ela e estava com ela, ou seja, temos o Batismo e a Crisma. Em nós, Ele “grita com gemidos inefáveis” (Rm 8,26), a fim de que o reino se expanda, já que está dentro de nós.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Como na solenidade do Coração de Jesus que celebramos a pouco, o Evangelho de Mateus nos retorna mais uma vez à mesa da Palavra. Degustar este prato saboroso não nos causará ingesta, pois o tempero e os ingredientes que Mateus nos propõe é tudo aquilo que o Espírito Santo já nos alimentou e quer que nos recordemos.

Ora, não é nos “sábios e inteligentes” que os mistérios são revelados, mas aos pequenos e humildes como a filha de Sião. Pois o conhecimento de Deus e de suas coisas não requer tanto doutos ou PHDs, mas a simplicidade e a docilidade do deixar-se envolver pelo Espírito.

O tema da humildade do profeta Zacarias retorna no Evangelho sendo assumido por Jesus que abre as portas do seu coração em um convite a todos os cansados e oprimidos. O jugo e o peso do Senhor entram em contraste às nossas leis e incompreensões humanas, rígidas e, por vezes, pesadas.

Maria, a filha de Sião, convidada à missão de colaboradora na obra da salvação, assume o “jugo e o fardo” do Senhor com um verdadeiro espírito da sabedoria e inteligência. Se jogou inteiramente na promessa de Deus seu Salvador.

O Papa Francisco nos esclarece como compreender Maria, filha de Sião: “Em Maria, filha de Sião, tem cumprimento a longa história de fé do Antigo Testamento, com a narração de tantas mulheres fieis, a começar por Sara; mulheres que, juntamente com os Patriarcas, eram aquelas nas quais a promessa de Deus se cumpria e a vida nova que desabrochava. Na plenitude dos tempos, a Palavra de Deus dirigiu-se a Maria, e ela acolheu-a com todo o seu ser, no seu coração, para que nela tomasse carne e nascesse como luz para os homens. O mártir São Justino, na obra Diálogo com Trifão, tem uma expressão significativa ao dizer que Maria, quando aceitou a mensagem do Anjo, concebeu ‘fé e alegria’. De fato, na Mãe de Jesus, a fé mostrou-se cheia de fruto e, quando a nossa vida espiritual dá fruto, nós nos enchemos de alegria, que é o sinal mais claro da grandeza da fé. Na sua vida, Maria realizou a peregrinação da fé seguindo o seu Filho.  Assim, em Maria, o caminho da fé do Antigo Testamento foi assumido no seguimento de Jesus e deixa-se transformar por Ele, entrando no olhar próprio do Filho de Deus encarnado” (FRANCISCO, Carta Encíclica Lumen Fidei – A luz da fé. Documentos Pontifícios 16. Brasília: Edições CNBB, 2013, n.58).

Oração dos fiéis:

Presidente: Nossa confiança deve estar sempre em Deus, por isso a Ele façamos nossas preces.

1. Pai, que a Igreja, que é conduzida pelo Espírito Santo, acolha e ampare a todos que a procuram. Peçamos:

Todos: Ouvi-nos, Senhor!

2. Pai, que os governantes do mundo inteiro lutem pela verdadeira paz, que não seja apenas ausência de guerra. Peçamos:

3. Pai, que saibamos ver em cada irmão e irmã a sua necessidade física e espiritual, mostrando a todos o seu caminho de humildade e verdade. Peçamos:

4. Pai, que nossa comunidade continue a crescer na fé e na partilha. Peçamos:

(Outras intenções)

Presidente: Deus todo-poderoso, ouça as preces de teus filhos e filhas que querem te louvar e agradecer por todos os benefícios concedidos. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:

Possamos, ó Deus, ser purificados pela oferenda que vos consagramos; que ela nos leve, cada vez mais, a viver a vida do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:

Nós vos pedimos, ó Deus, que, enriquecidos por tão grande dádiva, possamos colher os frutos da salvação sem jamais cessar vosso louvor. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

ATIVIDADES DO BISPO DIOCESANO

Dia 06 de julho – quinta-feira: Espiritualidade para o Clero – por região - 09h00.

Dia 07 de julho – sexta-feira: Atendimento na residência episcopal

Dia 09 de julho, domingo: Jornada Diocesana de Comunicação PASCOM, Diocese de São João da Boa vista- 08h00 até 16h00.

Dia 11 de julho, terça-feira: Missa na Catedral N. Sra. do Carmo, novena da padroeira, às 19h30, Jaboticabal, SP.

Dia 14 de julho, sexta-feira: Reunião da PASCOM do Regional Sul 1, às 09h00, Seminário Franciscano de Agudos, SP; missa e procissão na Paróquia São Camilo de Lellis, Pe. Paulo Henrique Oliveira, às 19h30, Americana, SP

Dia 15 de julho, sábado: Encontro da Pascom da Sub-região Campinas, das 08h00 às 15h00, no CDL – Centro Diocesano de Limeira, para as 6 dioceses da Província, Limeira, SP; Missa na Paróquia Menino Jesus, Pe. Diego Miquelotto, às 18h00, Limeira, SP.

Dia 16 de julho, domingo: Missa e crisma na Paróquia Senhor Bom Jesus, Pe. José Bryan, às 09h00, Araras, SP.

 

BÊNÇÃO E DESPEDIDA:

Presidente: Ó Deus da paz e da alegria, concede a todos os seus filhos e filhas, o discernimento necessário para nunca buscar em falsas aparências aquilo que só Jesus pode oferecer. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

 

Presidente: O Senhor esteja convosco.

Todos: Ele está no meio de nós.

Presidente: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, + Pai e Filho e Espírito Santo.

Todos: Amém.

Presidente: Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

Todos: Graças a Deus.