Olá amigos e amigas.
Sejam todos bem vindos e bem vindas.
Mesmo durante as celebrações de Nossa Padroeira Nossa das Dores das Dores não poderíamos deixar de lado a nossa reflexão sobre a Sagrada Liturgia.
Muitas pessoas perguntam: por que uma Igreja dá a comunhão sob as duas espécies (pão-vinho/ Corpo e Sangue de Cristo) e a outra não?
Então vamos refletir sobre A RECEPÇÃO DA COMHUNÃO SOB DUAS ESPÉCIES. Como o assunto é bem longo e ninguém aguenta ler um texto muito longo, vamos repartir em este tema em algumas partes. Hoje será: A RECEPÇÃO DA COMUNHÃO SOB DUAS ESPÉCIES – Parte I.
Começamos perguntando: “O que é a Eucaristia”?
“A missa é ao mesmo tempo e inseparavelmente o MEMORIAL SACRIFICAL no qual se perpetua o SACRIFÍCIO da Cruz, e o BANQUETE SAGRADO da comunhão ao Corpo e ao Sangue do Senhor” (Catecismo da Igreja Católica, 1382).
A Eucaristia contempla esta dupla dimensão “inseparável”. SACRIFÍCO e CEIA. Ela é um “SACRIFÍCIO QUE SE FAZ NUM BANQUETE” ou um “BANQUETE SACRIFICAL”. Um “sacrifício que se realiza durante uma ceia” ou uma “ceia onde se realiza o sacrifício”.
“O nosso Salvador instituiu na última Ceia, na noite em que foi que foi entregue, o sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar no decorrer dos séculos, até ele voltar, o sacrifício da Cruz, e para confiar assim à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da glória futura” (Sacrosanctum Concilium, 47; Catecismo da Igreja Católica, 1323).
Desta forma o grande sacrifício de Cristo nasce no interior de uma ceia (última ceia).
Assim o altar “que é Cristo” é ao mesmo tempo o lugar do “SACRIFÍCIO” e “MESA DE REFEIÇÃO”.
Sobre este aspecto de “CEIA PASCAL” O Missal Romano faz uma colocação muito bonita e MUITO SÉRIA QUE TODOS DEVERIAM CONHECER:
“A comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal quando SOB DUAS ESPÉCIES. Sob esta forma se manifesta mais perfeitamente o sinal do banquete eucarístico e se exprime de modo mais claro a vontade divina de realizar a nova e eterna aliança no sangue do Senhor, assim como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico no reino do Pai”. (Instrução Geral do Missal Romano, 281).
Exprime mais claramente o:
No Missal Romano existem várias orações que fazem alusão ao Corpo e ao Sangue de Cristo:
Como louvar e agradecer a Deus pelo Corpo e Sangue recebidos se a comunhão foi sob uma única espécie?
Sem dizer, ainda, o que nos fala a Igreja: “É desejo ardente que todos os fiéis cheguem àquela plena, consciente e ativa participação na celebração litúrgica que a própria natureza da Liturgia exige e à qual o povo cristão, ‘raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido’ (1Pedro 2,9; cf. 2, 4-5), tem DIREITO e OBRIGAÇÃO, por força do Batismo” (Sacrosanctum Concilium, 14)?
Em toda celebração litúrgica os fiéis pela “força do Batismo” têm DIREITO e OBRIGAÇÕES.
Continua no próximo artigo.
Pe. Ocimar Francatto