Pe. Ocimar Francatto: Dificuldades Encontradas na Participação Litúrgica - Parte I
Publicado em: 03/11/2017


Olá amigos e amigas!

Vamos para mais uma reflexão sobre a nossa Sagrada Liturgia.

Nas reflexões anteriores analisamos os elementos que favorecem a participação da assembléia na celebração litúrgica.

Hoje vamos dar início a analise dos elementos que NÃO favorecem esta participação, ou seja, as dificuldades que encontramos e, que de certa maneira, impedem que a participação da assembleia litúrgica possa ser “consciente, plena, frutuosa, ativa, fácil e piedosa”, como nos pede a Igreja na “Sacrosanctum Concilium.

Como são vários fatores que impedem esta participação vamos analisar por partes.

Hoje vamos analisar: DIFICULDADES ENCONTRADAS NA PARTICIPAÇÃO LITÚRGICA – parte I.

A Igreja ultimamente tem se esforçado para aproximar o povo da liturgia, porém há ainda muitas dificuldades.

1. A não aceitação e aplicação da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II

Talvez esta seja a maior de todas as dificuldades. Em sua Carta Apostólica sobre a preparação para o Grande Jubileu do ano 2000, o Papa São João Paulo II propõe uma séria revisão de vida pessoal e eclesial: "O exame de consciência não pode deixar de incluir também a recepção do Concílio, este grande dom do Espírito feito à Igreja quase ao findar do segundo milênio... É vivida a liturgia como 'fonte e cume' da vida eclesial?" (Tertio Milenio Adveniente, 36).

A IV Conferência do Episcopado Latino Americano, realizada em Santo Domingo diz: "Muito resta a ser feito para assimilar em nossas celebrações a renovação litúrgica desencadeada pelo Concílio Vaticano II, como ajudar os fiéis a fazer da celebração eucarística a expressão de seu compromisso pessoal e comunitário com o Senhor. Ainda não se alcançou a plena consciência do que significa a centralidade da liturgia como fonte e cume da vida eclesial. Persiste a pouca participação da comunidade cristã, e surge quem queira apropriar da liturgia sem considerar seu verdadeiro sentido eclesial” (Santo Domingo – IV Conferência do Episcopado Latino-Americano, 43). 

2. Deficiência na educação dos fiéis

Em muitos lugares toda a formação se concentra na missa dominical. Há comentários enormes tentado explicar todos os ritos, tornando a celebração enfadonha, monótona e cansativa. Não há formação litúrgica fora da missa. Há uma falta de Evangelização e Catequese. Quem se reúne para celebrar, já deveria ter sido antes evangelizado e suficientemente catequizado. Esta falta de formação não se dá só do ponto de vista prático-celebrativo, mas também histórico-teológico-litúrgico em diálogo com as práticas.

3. A não preparação e modificação do modo de celebrar

Em alguns lugares não existe a preocupação dos pastores em preparar a liturgia, junto com a equipe responsável, adaptando-a aquela comunidade específica. Às vezes a própria equipe não consegue modificar a rotina celebrativa do padre e dos fiéis.

Continuamos na semana que vem.

Até mais...

 

Pe. Ocimar Francatto