1º Domingo do Advento
Publicado em: 01/12/2017


“Vigiai porque não sabeis quando o dono da casa vem”

Leituras: Isaías 63, 16b-17.19b; 64, 2b-7; Salmo 79, 2ac.3b.15-16.18-19 (R 4); Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 1, 3-9; e Marcos 13, 33-37.

Anúncio do Novo ano Litúrgico

1. Começa a tocar o sino anunciando um novo ano litúrgico.

2. Uma pessoa coloca-se no centro do presbitério, se possível vestindo uma roupa branca, ou uma veste branca.

3. Durante o anúncio só se ouve a voz do anúncio.

  1. Depois do anúncio inicia-se o refrão orante, com um som de murmúrio.

Anúncio

Irmãos e irmãs! Bem-vindos a esta celebração. Bem-vindos ao início de mais um Ano Litúrgico, em nossa Igreja. Com esta celebração do 1º Domingo do Advento iniciamos uma nova etapa, para que a luz de Deus brilhe em nós mais intensamente. Iniciamos novo empenho para que nos convertamos ao projeto de Deus e sua luz brilhe em nós; brilhe e ilumine nossas vidas.

Refrão orante: (Zé Vicente)

Oh! Vem Senhor, não tardes mais!

Vem saciar nossa sede de paz!

Animador: Já é hora de acordar! Este é o apelo da liturgia de hoje. Surge uma nova esperança de um novo tempo, de um mundo renovado pela força do Evangelho. Despertos e vigilantes, somos convidados a abraçar o projeto de Deus, que vem ao nosso encontro. Na espera, neste Tempo do Advento, temos a chance de reanimarmos em nós, os compromissos em favor do Reino, para construção de uma sociedade livre do sofrimento, da marginalização e da morte.

1. Situando-nos

Iniciamos o Tempo do Advento. O termo vem do latim e significa “chegada, vinda”. Portanto, estamos no tempo da vinda do Senhor. Duas são as vindas do Senhor: a primeira já aconteceu, a sua vinda histórica, na carne; a segunda será a sua vinda definitiva, na glória.

Os dois primeiros domingos do Advento se ocuparão da vinda na glória, portanto, serão domingos escatológicos (escatologia = estudo sobre nossa realidade última, vida após a morte). Ainda não é hora de falarmos do presépio, de Jesus criança na manjedoura, mas do Cristo glorioso que virá.

Podemos falar de muitas vindas do Senhor. As situações históricas são verdadeiros juízos de Deus: as crises advindas das perseguições, guerras e terrorismo já julgam o mundo com as suas consequências, condenando o mundo com os seus egoísmos. De algum modo a crise política e financeira que assola nosso país é uma antecipação do juízo, uma crise que provoca um choque de realidade, e também oportuniza a purificação. Por outro lado, há também sinais mais positivos da vinda do Senhor: os sinais proféticos provocados pelo testemunho de leigos e leigas inseridos no mundo, os santos, os reformadores (celebramos 500 anos da Reforma Protestante), os Concílios Ecumênicos, o serviço aos pobres. Deus bate à porta e vem ao encontro da humanidade constantemente, mas esperar pelo nosso acolhimento.

2. Recordando a Palavra

Na primeira leitura, o profeta Isaías traduz os sentimentos do povo desalentado depois do exílio da Babilônia. Diante de sua situação limite, pede-se uma intervenção divina: em situações de crise, é mais fácil esperar que Deus faça tudo sozinho, que realize uma intervenção poderosa. Mas, ao mesmo tempo, o povo reconhece a sua infidelidade, bem como a misericórdia divina. Embora seja um povo fraco, é modelado pelas mãos do oleiro que é o Senhor.

No Salmo Responsorial, Deus se revela o pastor que vem salvar o seu rebanho, vem cuidar de sua vinha.

Na segunda leitura, São Paulo exorta a comunidade a permanecer fiel em seu testemunho, fruto da ação divina (dom). A comunidade deve se conservar irrepreensível, mantendo a comunhão, enquanto aguarda a vinda do Senhor.

No Evangelho, Jesus propõe a vigilância. O dono da casa partiu, deixando a sua propriedade sob o cuidado dos seus: cada um tem a sua tarefa. Enquanto esperamos a vinda gloriosa do Senhor, cada pessoa deve assumir a sua responsabilidade no cuidado da casa, isso significa permanecer na vigilância.

3. Atualizando a Palavra

O tema da vinda do Senhor nos leva, neste domingo, a acendermos a vela da vigilância. O Senhor virá como o dono da casa. Quando chegar, desejará que seus empregados estejam atentos ao cuidado de sua residência. Portanto, a nossa história não é um lugar de espera passiva. A expectativa vigilante não nos coloca como passageiros no portão de embarque. A vigilância nos leva a perceber a presença do Senhor na história e a provocar suas vindas.

Há sempre o risco do sono, como conta Jesus na parábola. A vida pode facilmente se tornar uma rotina, uma mera repetição cansativa. Em nossas comunidades, não é raro encontrar sinais de uma pastoral de conservação, um modo repetitivo e obsoleto de organizar, de se lidar com os problemas e de tratar de temas como família e vida social.

Nem sempre admitimos com facilidade que a Igreja está em reforma constante, sendo preciso novas estruturas, espaços de engajamentos para os leigos, abandono do comodismo, sem que nos coloquemos no horizonte do “primeirar”, como nos convida o Papa Francisco. O cristão não é um conformado com o status quo, mas procura limpar a casa sempre que percebe sinais de sujeira, organiza as coisas quando há bagunça. De algum modo, tudo isso prepara e apressa a vinda do dono da casa.

A vigilância não exime da experiência de nossas fraquezas. Reconhecemos que somos barro, como fez o povo de Israel no exílio da Babilônia, como retratará o profeta Isaías na primeira leitura. Por isso, não confiamos exclusivamente em nossas forças. É preciso que nos consideremos uma pobre argila nas mãos do oleiro: “Senhor, tu és nosso pai, nós somos barro; tu, nosso oleiro, e nós todos, obra de tuas mãos” (Is 64,7).

Se somos barro nas mãos do Pai, o Reino definitivo não depende somente de nossas forças, pois a esperança cristã nos abre ao futuro prometido por Deus. Por vezes, projetamos o Reino em instituições deste mundo: um líder, um partido político, um movimento. Presenciamos esta realidade nos últimos tempos diante das conturbações políticas do Brasil. Existem ainda aqueles que levantam bandeiras radicais em nome de instituições e partidos.

Haverá aqueles que nas próximas eleições acreditarão que algum líder possa resolver todos os nossos problemas. Mas a vida é mais complexa do que comumente se imagina, as soluções não são mágicas, nem podem ser imputadas a um grupo humano ou a candidato. Esperar em Deus é crer na aventura da história: ao mesmo tempo que esperamos no Senhor e aguardamos a sua vinda, não nos eximimos de nossa responsabilidade.

Contando com a força divina, pedimos ao Senhor o dom da perseverança para que nossa vigilância seja constante: “É Ele que vos dará perseverança em vosso procedimento irrepreensível, até o fim, até o dia de nosso Senhor, Jesus Cristo” (1Cor 1,8).

Pensar na eternidade é conferir sentido ao presente, como nos diz o Papa Bento XVI: “Com efeito, ‘eterno’, suscita em nós a ideia do interminável, e isto nos amedronta: ‘vida’, faz-nos pensar na existência por nós conhecida, que amamos e não queremos perder, mas que, frequentemente, nos reserva mais canseiras que satisfações, de tal maneira que se por um lado a desejamos, por outro não a queremos. A única possibilidade que temos é procurar sair, com o pensamento, da temporalidade de que somos prisioneiros e, de alguma forma, conjecturar que a eternidade não seja uma sucessão contínua de dias, do calendário, mas algo parecido com o instante repleto de satisfação, onde a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade. Seria o instante de mergulhar no oceano do amor infinito, no qual o tempo – o antes e o depois – já não existem. Podemos somente procurar pensar que este instante é a vida em sentido pleno, um incessante mergulhar na vastidão do ser, ao mesmo tempo que ficamos simplesmente inundados pela alegria (BENTO MXVI. Carta Encíclica Spe Salvi (SS). Documento Pontifício 2. Brasília: Edições CNBB, 2007, n.12).

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

A Oração da Coleta nos propõe a “correr ao encontro do Senhor que vem” com nossas obras. O Prefácio do Advento nos fala da vinda do Senhor, não somente na glória, mas na concretude da história. Convida-nos a vivermos a vigilância na acolhida do irmão, na caridade, de modo que não sejamos meros expectadores, mas colaboradores da construção do Reino: “Naquele tremendo e glorioso dia, passará o mundo presente e surgirá novo céu e nova terra.

Agora e em todos os tempos, ele vem ao nosso encontro, presente em cada pessoa humana, para que o acolhamos na fé e o testemunhemos na caridade, de modo que não sejamos meros expectadores, mas colaboradores da construção do Reino: “Naquele tremendo e glorioso dia, passará o mundo presente e surgirá novo céu e nova terra. Agora e em todos os tempos, ele vem ao nosso encontro, presente em cada pessoa humana, para que ao colhamos na fé e o testemunhemos na caridade, enquanto esperamos a feliz realização de seu reino”.

A mesa da Eucaristia é a antecipação do reino definitivo. Nela o Senhor já é presença que vem. O Senhor está no meio de nós, já antecipa a comunhão com ele, enquanto aguardamos a sua vinda gloriosa.

Preces dos fiéis

Presidente: Invoquemos a ajuda de Deus para que possamos viver na fé este tempo de espera do Natal do Senhor.

1. Que tua luz Senhor, ilumine a Igreja, que ela possa ser sinal de salvação para a sociedade. Peçamos:

Todos: (Cantado na mesma melodia do 27º Domingo Comum: “A vinha do Senhor é a casa de Israel”.) Que tua luz ilumine nosso mundo conturbado.

2. Que tua luz Senhor, ilumine os governantes, que eles atuem em favor dos mais necessitados. Peçamos:

3. Que tua luz Senhor, ilumine nossa comunidade, que busquemos força e coragem para seguir o caminho do teu Reino. Peçamos:

4. Que tua luz Senhor, ilumine cada um de nós, para que possamos nos preparar dignamente para o seu Natal, buscando a conversão. Peçamos:

(Outras intenções)

Presidente: Escuta, Senhor, a oração do teu povo reunido e vem nos salvar. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém

Oração da Campanha da Evangelização

Todos: Deus, nosso Pai, que chamastes todos os povos da Terra para a Igreja do vosso Filho, nós vos pedimos que susciteis em nós o compromisso com a Evangelização, para que todos conheçam a vida que de vós provém.

Jesus, Filho amado do Pai, nós vos pedimos por todos os cristãos leigos e leigas, a fim de que sejam sal e luz nesse mundo, transformando-o por meio do Evangelho numa realidade mais justa e fraterna.

Espírito Santo, vínculo da caridade, despertai em nossas comunidades e em toda a Igreja no Brasil o senso da partilha e que, por meio da Coleta para a Evangelização e do testemunho de comunhão, todas as comunidades recebam a força do Evangelho. Maria, Estrela da Evangelização, mãe e seguidora de Jesus, intercedei por nós.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:

Recebei, ó Deus, estas oferendas que escolhemos entre os dons que nos destes, e o alimento que hoje concedeis à nossa devoção torne-se prêmio da redenção eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:

Aproveite-nos, ó Deus, a participação nos vossos mistérios. Fazei que eles nos ajudem a amar desde agora o que é do céu e, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA

Presidente: O Senhor esteja convosco.

Todos: Ele está no meio de nós.

Presidente: Que o Deus onipotente e misericordioso vos ilumine com o advento do seu Filho, em cuja vinda credes e cuja volta esperais, derrame sobre vós as suas bênçãos.

Todos: Amém

Presidente: Que durante esta vida Ele vos torne firmes na fé, alegres na esperança, solícitos na caridade.

Todos: Amém

Presidente: Alegrando-vos agora pela a vinda do Salvador feito homem sejais recompensados com a vida eterna, quando vier de novo em sua glória.

Todos; Amém

Presidente: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.

Todos: Amém.

Presidente: Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe.

Todos: Graças a Deus.

ATIVIDADES DO BISPO DIOCESANO

Dia 02 de dezembro – sexta-feira: Atendimento na residência episcopal – 09h00; Visita e almoço na Comunidade Davi – Edvaldo; Crisma – Nossa Senhora Aparecida – Padre José Antonio – 19h30min.

Dia 03 de dezembro – sábado: Confraternização dos Diáconos permanente – Pirassununga; Missa e Crisma – Nossa Senhora do Brasil – Americana – Padre Nathan - 19h00.

Dia 03 de dezembro – domingo: Missa e Crisma – São Paulo Apóstolo – 09h00 – Padre Rodrigo – Limeira; Crisma – Santa Gertrudes – Cosmópolis -19h00 – Padre Edson Adélio que presidirá.

Dia 04 de dezembro – segunda-feira: Reunião Comissão Comunicação (PASCOM) – Regional Sul 1 – 09h00 – Itanhaém.

Dia 05 de dezembro – terça-feira: Missa e Crisma – Missa – Inauguração do Salão da Comunidade Santo Expedito – Americana – Padre Paulo Henrique – 19h30min.

Dia 06 de dezembro – quarta-feira: Visita e Almoço na São Benedito – Leme – Padre Paulo Henrique Manhe – 10h00; Reunião do Conselho Econômico – residência episcopal -19h30min.

Dia 07 de dezembro – quinta-feira: Reunião do Conselho Episcopal – 09h00; Missa – formatura – Escola de Teologia e Catequese – 19h30min – Catedral.

Dia 08 de dezembro – sexta-feira: Atendimento na residência episcopal – 08h30min até 10h00; Missa – encerramento Seminário Diocesano de Capinas - 11h30min; Crisma – São Cristóvão – 19h30mim.

Dia 09 de dezembro – sábado: missa de abertura do retiro das comunidades de vida, organizada pelo padre Deivison, a partir das 08h30; Missa e Crisma na Paróquia Santa Efigênia, às 19h00, em Limeira.

Dia 10 de dezembro – domingo: Missa e Crisma na Paróquia São Sebastião, Pe. Isael, às 09h30, em Leme; Missa de dedicação da Igreja Santa Ana, Pe. Antônio de Pádua Dias, às (confirmar horário), em Analândia.