6º Domingo do Tempo Comum
Publicado em: 08/02/2018


“Eu quero: Fica curado”

Leituras: Segundo Livro dos Reis 5, 9-14; Salmo 31; Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 10, 31-11,1; Marcos 1, 40-45.

COR LITÚRGICA: VERDE

Animador: Nesta Eucaristia vemos Jesus mais uma vez estendendo a sua mão a um doente: um leproso. Jesus considerando a vida humana mais importante que o conceito formulado pela sociedade do seu tempo, acolhe aquele homem, livra-o da lepra e possibilita sua inclusão social.

1. Situando-nos brevemente

A liturgia desse 6º Domingo do Tempo Comum nos mostra um Deus cheio de amor, de bondade e de ternura, que convida todos os homens e todas as mulheres a integrar a comunidade dos filhos amados de Deus. Ele não exclui ninguém nem aceita que, em seu nome, se inventem sistemas de discriminação ou de marginalização dos irmãos.

A primeira leitura apresenta-nos a legislação que definia a forma de tratar com os leprosos. Impressiona como, a partir de uma imagem deturpada de Deus, os homens são capazes de inventar mecanismos de discriminação e de rejeição em nome de Deus.

O Evangelho diz-nos que, em Jesus, Deus desce ao encontro dos seus filhos vítimas da rejeição e da exclusão, compadece-Se da sua miséria, estende-lhes a mão com amor, liberta-os dos seus sofrimentos, convida-os a integrar a comunidade do “Reino”. Deus não pactua com a discriminação e denuncia como contrários aos seus projetos todos os mecanismos de opressão dos irmãos.

A segunda leitura convida os cristãos a terem como prioridade a glória de Deus e o serviço dos irmãos. O exemplo supremo deve ser o de Cristo, que viveu na obediência incondicional aos projetos do Pai e fez da sua vida um dom de amor, ao serviço da libertação dos homens.

2. Recordando a Palavra

Por compaixão, Jesus não hesita em conceder a cura ao leproso. Ele tinha o poder de curar, e mais que isso, ele trazia consigo o desejo salvífico do Pai. Mas a relação entre puro e impuro se mostra em perfeito contraste no encontro com o leproso: de um lado, Jesus, o Filho de Deus, totalmente puro e santo; o leproso, no outro extremo, era considerado como o impuro e sua impureza era vista também como pecado.

Na relação, que é absolutamente desigual, o puro e santo se sobrepõe ao impuro e pecador, curando-o, purificando-o e perdoando-o. A santidade e a pureza divinas “vencem” a impureza, a doença e o pecado. A vida se restaura diante da atitude “sacramental” de Jesus: gesto e palavra revelam a salvação de Deus que supera as limitações humanas, religiosas e sociais.

O homem, reintegrado pela cura operada, foi enviado por Jesus aos sacerdotes, prova de que Jesus não combate o contexto religioso, mas reenvia o homem aos sacerdotes, cumprindo a lei mosaica e tornando a cura reconhecida.

Por outro lado, o totalmente puro e santo, Jesus, cumpre sua trajetória pascal neste pequeno relato. Jesus, verdadeiro homem, não hesita em tocar o impuro, tornando-se também, por contato, impuro aos olhos dos contemporâneos. Ele “torna-se” impuro segundo a lei, para purificar o homem enfermo. Põe em risco seu status de cidadão apto para o culto, dá a vida para que o outro tenha mais vida.

É a identificação do totalmente santo com o leproso, fora da cidade (cf. Lv 13,46). Essa atitude de Jesus desenha um “perfil” de Messias, que faz entender a sua ordem de não contar a ninguém o milagre. O chamado “segredo messiânico” tem o sentido de não se deixar confundir com a mentalidade popular a respeito do Messias. O messianismo de Jesus é outro: passa pela cruz e pela identificação com os excluídos.

3. Atualizando a Palavra

A liberdade é um valor absoluto? Devemos defender e afirmar intransigentemente os nossos direitos em todas as circunstâncias? A realização dos nossos projetos pessoais deve ser a nossa principal prioridade? Paulo deixa claro que, para o cristão, o valor absoluto e ao qual tudo o resto se deve subordinar é o amor.

O cristão sabe que, em certas circunstâncias, pode ser convidado a renunciar aos próprios direitos, à própria liberdade, aos próprios projetos porque a caridade ou o bem dos irmãos assim o exigem. Mesmo que um determinado comportamento seja legítimo, o cristão deve evitá-lo se esse comportamento faz mal a alguém.

A propósito, Paulo refere o exemplo de Cristo, a quem todo o cristão – a começar pelo próprio Paulo – deve imitar. Na verdade, Cristo colocou sempre como prioridade absoluta os planos de Deus (“Abbá, Pai, tudo Te é possível; afasta de Mim este cálice! Mas não se faça o que Eu quero, e sim o que Tu queres” – Mc 14,36); e, apesar de ser “mestre” e “Senhor”, multiplicou os gestos de serviço e fez da sua vida uma entrega total aos homens, até à morte.

É este mesmo caminho que nos é proposto… Cada cristão deve ser capaz de prescindir dos seus interesses e esquemas pessoais, a fim de dar prioridade aos projetos de Deus; cada cristão deve ser capaz de ultrapassar o egoísmo e o comodismo, a fim de fazer da sua própria vida um serviço e um dom de amor aos irmãos.

4. Ligando a Palavra e a Eucaristia

Na celebração fazemos memória da Páscoa de Jesus solidário, oramos na fé do homem leproso, curado da lepra, que acreditou em Jesus, apesar dos sentimentos de culpa e da baixa estima que a sociedade lhe impôs.

Com ele e com todos os que sofrem, nós dizemos com toda a confiança: “se queres, tens o poder de purificar-me”.

A celebração sempre é um momento forte de encontro com o Cristo, na sua Palavra e na partilha do pão: um momento de estabelecer o equilíbrio físico e espiritual, renovar o compromisso, de anunciar o seu nome por estilo de vida baseado no amor e doação.

A homilia, na celebração de hoje, tem um papel fundamental: ajudar-nos a acolher a ação litúrgica (serviço) de Jesus junto ao leproso e colocá-la em nossas vidas para lutar contra a discriminação e os preconceitos.

O pão e o vinho colocados sobre ao altar simbolizam a nossa disposição e solidariedade de oferecer tudo o que podemos para libertar as pessoas de todas as maldições, isolamentos, escravidões e marginalização. Essa solidariedade na Oração Eucarística junta-se à solidariedade de Jesus na glorificação do nosso Deus e Pai.

Oração dos fiéis:

Presidente: É na confiança e na certeza de que o Senhor sempre atende os que a Ele recorrem, que vamos fazer nossas preces.

1. Senhor, que tua Igreja nunca se deixe vencer na defesa e proteção dos marginalizados e sempre promova meios para acolhê-los e restituir-lhes a dignidade da vida. Peçamos:

Todos: Acolha, Senhor, nosso pedido e nossa gratidão!

2. Senhor, olhe para os cristãos do mundo inteiro, para que sejam imitadores de Cristo e atuem concretamente para que o projeto do evangelho aconteça na sociedade. Peçamos:

3. Senhor, que nossa vida cristã não seja apenas uma busca de milagres e de fatos extraordinários, mas uma autêntica imitação das atitudes de Jesus para com os mais pobres e necessitados. Peçamos:

4. Senhor, por nossas comunidades para que se dediquem a ajudar os mais pobres, acolhendo aqueles que precisam de ajuda e compaixão. Peçamos:

(Outras Intenções)

Presidente: Acolha Senhor, nossas preces, fazendo de cada um de nós pessoas comprometidas com a justiça que promove a dignidade humana. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém

III. LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS

Presidente: Ó Deus, que este sacrifício nos purifique e renove, e seja fonte de eterna recompensa para os que fazem a vossa vontade. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO

Presidente: Ó Deus, que nos fizestes provar as alegrias do céu, dai-nos desejar sempre o alimento que nos traz a verdadeira vida. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA:

Presidente: O Senhor esteja convosco.

Todos: Ele está no meio de nós.

Presidente: Concedei, ó Deus, aos vossos filhos e filhas, vossa assistência e vossa graça: dai-lhes saúde de corpo e espírito, fazei que se amem como irmãos e irmãs e estejam sempre a vosso serviço. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém

Presidente: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.

Todos: Amém.

Presidente: Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

Todos: Graças a Deus.

Agenda de Dom Vilson para fevereiro/2018

Dia 09/02 – Sexta-feira: Missa e Posse de Administrador Paroquial na Quase-Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, Pe. Isael de Brito, às 19h30, em Americana, SP.

Dia 10/02 – Sábado: Missa e Posse de Pároco na Paróquia São Benedito, Pe. Luís Fabiano Canatta, às 18h00, em Americana, SP.

Dia 11/02 – Domingo: Missa e Posse de Administrador Paroquial na Quase-Paróquia Santa Eulália, Pe. Bruno Gabriel Steim, às 08h30, em Limeira, SP.

Dia 11/02 – Domingo: Missa e Posse de Pároco Paróquia Nossa Senhora do Brasil, Pe. Paulo Sérgio Lopes Gonçalves, às 18h30, em Americana, SP.

Dia 15/02 – Quinta-feira: Abertura da Campanha da Fraternidade na Diocese de Limeira – Catedral Nossa Senhora das Dores, às 15h, em Limeira, SP.

Dia 16/02 – Sexta-feira: Missa e Posse de Pároco Paróquia Santa Ana, Pe. Jefferson Luís Leme da Silva, às 19h00, em Limeira, SP.

Dia 17/02 – Sábado: Missa e Posse de Pároco Paróquia São Camilo de Léllis, Pe. Antônio Carlos de Almeida, às 19h30, em Americana, SP.

Dia 18/02 – Domingo: Missa e Posse de Pároco Paróquia Nossa Senhora das Graças, Pe. Alex Turek, às 09h00, em Araras, SP.

Dia 18/02 – Domingo: Missa e Posse de Pároco e reitor do Santuário São Sebastião, Pe. Amarildo Marçoli, às 18h30, em Porto Ferreira, SP.

Dia 21/02 – Quarta-feira: Missa de Abertura do semestre no Seminário Diocesano, em Campinas, SP.

Dia 22/02 – Quinta-feira: Conselho de Presbíteros, na paróquia São Manoel, em Leme, SP.

Dia 22/02 – Quinta-feira: Missa e Posse de Administrador Paroquial na Quase-Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, Pe. José Valter Rossini, às 19h30, em Araras, SP.

Dia 23/02 – Sexta-feira: Missa e Posse de Pároco Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Pe. Gilmarcos da Silva Teixeira, às 19h30, em Americana, SP.

Dia 24/02 – Sábado: Missa e Posse de Pároco Paróquia Jesus Crucificado, Pe. Rodrigo Alves, às 18h00, em Iracemápolis, SP.

Dia 25/02 – Domingo: Missa e Posse de Pároco Paróquia São Paulo Apóstolo, Pe. Vitor Tomé Minutti, às 08h00, em Limeira, SP.

Dia 25/02 – Domingo: Missa e Crisma na Paróquia São Francisco de Assis, Pe. Ismael Vanderlei Avi, as 16h00, em Araras, SP.