Dom Vilson: “É Páscoa! Festa da vida que venceu a morte”
Publicado em: 01/04/2018


Amados irmãos e irmãs.

Transbordando de alegria pascal, celebramos a Ressurreição do Senhor, neste domingo de Páscoa, renovados pelo Espírito, ressuscitamos também na luz da vida nova.

Depois de termos vivido os quarenta dias da Quaresma, sem cantar Aleluia, neste domingo de Ressurreição, com todos os nossos irmãos e irmãs, somos convocados a proclamar com alegria: “Aleluia, o Senhor Ressuscitou, Aleluia!”.

Nossa fé na Ressurreição, causa de nossa esperança, baseia-se na fé dos primeiros discípulos de Jesus, que reconheceram o Crucificado-Ressuscitado. Embora ninguém tenha visto sua ressurreição, o agir ressuscitador de Deus atua no silêncio, no segredo e na intimidade de seu seio regenerador. A comunidade cristã percebeu e compreendeu, aos poucos, no encontro com O Senhor e pela ação do Espírito, que seu Mestre tinha ressuscitado e continuava vivo no meio deles.

A fé no Ressuscitado nos impulsiona a ir ao encontro dos crucificados de hoje para partilhar com eles a Boa-Nova de que Deus está vivo no meio de nós, ressuscitando, libertando da morte e fazendo uma nova criação.

Em tempos de intolerância e de enorme violência social (tema refletido pela Campanha da Fraternidade deste ano), que possamos, com a ressurreição de Cristo, ressuscitar a esperança de uma nova vida no coração de todos os brasileiros que se sentem acuados, com medo e inseguros diante dos acontecimentos sociais da atualidade.

Acolhamos o convite do Apóstolo. Abramos o espírito ao Cristo morto e ressuscitado para que nos renove, para que elimine do nosso coração o veneno do pecado e da morte e nele infunda a seiva vital do Espírito Santo: a vida divina e eterna.

Na Sequencia Pascal, como que respondendo às palavras do Apóstolo, cantamos: “Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos”. Sim! Isto é precisamente o núcleo fundamental da nossa profissão de fé. É o grito de vitória que nos une. E se Jesus ressuscitou e, por conseguinte, está vivo, quem poderá separar-nos d’Ele? Quem poderá privar-nos do seu amor, que venceu o ódio e derrotou a morte? 

O amor de Cristo é essencial em tempos atuais, significativo na construção de uma vida mais digna e justa para todos. O Ressuscitado precede-nos e acompanha-nos pelas estradas do mundo. É Ele a nossa esperança, é Ele a verdadeira paz do mundo.

Cristo é a nossa paz! Páscoa – 2018.

 

 

Dom Vilson Dias de Oliveira, DC
Bispo Diocesano de Limeira, SP