3º Domingo da Páscoa
Publicado em: 11/04/2018


“ERA PRECISO QUE SE CUMPRISSE TUDO O QUE ESTÁ ESCRITO SOBRE MIM”  Lc, 24, 44

LEITURAS: 1ª Leitura: At 3, 13-15.17-19; Salmo Responsorial: 4, 2.4.7.9; 2ª Leitura: 1 Jo 2, 1-5ª e Evangelho: Lc 24, 35-48

COR LITÚRGICA: Branco ou Dourado.

Dentro do espaço celebrativo, durante o tempo pascal, evidencia-se o Círio Pascal, que representa o Cristo Ressuscitado que vence o pecado e a morte.

ANIMADOR: Esta é a Páscoa do Senhor, a grande festa da fé no Ressuscitado, Aleluia! Neste Tempo Pascal, na alegria em celebrar o Dia do Senhor, professamos com convicção nossa fé naquele que verdadeiramente ressuscitou dos mortos e abriu-nos caminhos de vida e de esperança. Nossa fé no Cristo Ressuscitado não se fundamenta em evidências palpáveis, mas em uma resposta livre diante do chamado que Ele mesmo nos faz para que testemunhemos sua presença viva no meio de nós. Assim, reunidos em comunidade, professamos hoje com mais convicção o que em todas as celebrações dizemos: “Ele está no meio de nós”.

CONTEXTUALIZANDO A PALAVRA

O terceiro domingo Pascal apresenta-nos Jesus ressuscitado dos mortos que se revela à comunidade dos discípulos, desejando-lhes a paz: “a paz esteja convosco”.

Os mistérios da morte e da ressurreição de Jesus atalham o centro da história da salvação. Através da Palavra proclamada e do Pão partilhado, como outrora os discípulos, a comunidade congregada experimenta a presença do Senhor em seu meio. Assim, confirmados na fé através dos sinais sensíveis e instruídos pela Escritura, percebemos sua presença viva na comunidade e na história.

Neste domingo, reunidos em comunidade orante, entoemos nossos louvores a Deus que nos faz passar, com Cristo, da morte para a vida, tornando-nos promotores de seus dons pascais, particularmente de sua Boa Nova e reconciliação.

RECORDANDO A PALAVRA

A Comunidade dos discípulos do Ressuscitado encontra-se reunida em Jerusalém, ouvindo “o que tinha acontecido no caminho de Emaús, e como o tinham reconhecido ao partir o pão”. Ao manifestar-se, Jesus deseja-lhes sua paz. Todavia, entre os discípulos, o ambiente ainda é de medo, de insegurança e de dúvida: “Ficavam todos assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um espírito” (Lc 24, 35).

O Evangelista Lucas dedica-se a relatar como os discípulos foram descobrindo e aderindo progressivamente à fé, em face às manifestações do Ressuscitado. Para tanto, Lucas recorre a elementos sensíveis e materiais para sublinhar o quão marcante foi o encontro com o Ressuscitado: “Vede minhas mãos e meus pés, sou eu mesmo! Tocai em mim e vede!” (Lc 24, 39). Assim, as manifestações de Jesus, não são “miragens” ou “fantasias”, mas realidades incontestáveis e que se manifestam na comunidade em meio às dúvidas e incertezas da caminhada.

Movidos pela escuta da Palavra e abrindo sua inteligência, os discípulos permeiam por um processo de inserção e vivência do mistério da ressurreição através da fé. Jesus que se manifesta à comunidade reunida é o mesmo que percorre junto aos discípulos os caminhos da Palestina, pregando a Boa Nova do Reino. Através de sua Ressurreição, Ele continua presente em meio aos seus seguidores, animando-os e impelindo-os a uma mudança radical no modo de viver, mediante as exigências do testemunho discipular.

A pregação do apóstolo Pedro parte de uma experiência feita em nome de Jesus: a cura do aleijado. “Ouro e prata não tenho, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo: levante-te e anda!” Jesus está vivo e continua agindo. A ação do apóstolo está em continuidade com a missão de Jesus. Evocando os acontecimentos da morte e da ressurreição, dos quais afirma ser testemunha, convoca todos a mudar de vida e aderir à Boa Nova do Ressuscitado.

Durante o canto do Salmo Responsorial, a comunidade expressa sua confiança no “Deus da História” que defende e salva por Jesus Cristo, vencedor do pecado e autor da vida. Contemplando a ação do “Deus de nossos pais”, a assembleia entoa: “sobre nós fazeis brilhar o esplendor de vossa face, ó Deus do universo!”.

A primeira carta de São João afirma que conhecer a Deus é guardar seus mandamentos. O conhecimento de Deus requer atitudes concretas de envolvimento, escuta e vivência dos projetos de Deus, revelados em Jesus Cristo.

ATUALIZANDO A PALAVRA

Reunidos em comunidade, unidos à Igreja em sua universalidade, percorremos o itinerário pascal, iluminados pelas manifestações do Ressuscitado na comunidade de seus seguidores. Frente aos temores de outrora e de hoje, podemos nos indagar: Jesus verdadeiramente ressuscitou? Como podemos “experimentar” sua ressurreição? Como testemunhar ao mundo que Jesus está vivo e que continua a oferecer aos seres humanos a salvação?

No Evangelho, vemos que os sentimentos dos discípulos são de medo, susto, surpresa e alegria. Para que os seguidores compreendam o que está acontecendo, Jesus fala, deixa-se ver, pede para ser tocado e come na presença deles. Em seguida, recorda o que está escrito sobre si na Lei mosaica, nos profetas e também nos salmos. A argumentação a partir das Escrituras, enquanto palavra inspirada, torna-se fonte para a compreensão dos acontecimentos relacionados ao Ressuscitado.

Desde o início, os cristãos formaram através da fé a consciência de que, em Cristo, a Palavra de Deus está presente como Pessoa, de modo que, segundo exorta São Jerônimo: “Desconhecer as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”. Assim, em uma linguagem metafórica, a Palavra de Deus é a luz verdadeira, pela qual o ser humano anseia. Através de sua Ressurreição, Cristo manifesta-se plenamente ao mundo como luz e exorta a todos os homens e mulheres de boa vontade a viverem em sua luz, que é luz sem ocaso: “Eu vim como luz para o mundo, para que não permaneça nas trevas todo aquele que acredita em mim” (Jo 12, 45).

É mediante as incertezas e alegrias que os discípulos iniciaram o caminho da fé e do testemunho da Ressurreição. Na experiência pessoal e comunitária que fizeram do Ressuscitado, chegam à convicção de que de fato “o Cristo ressuscitou dos mortos ao terceiro dia” (Lc 24, 46).

É no seio da comunidade, através do encontro e da experiência com o Ressuscitado que a presença de Jesus faz-se primordialmente presente, e dela emerge a urgência missionária do testemunho de tudo aquilo que viram e ouviram. De fato, este é o compromisso de todo cristão: testemunhar o Ressuscitado e oferecer aos povos a convicção de que a vida venceu a morte, mediante a Páscoa de Jesus.

Cada um de nós é convidado a sentir e testemunhar a presença renovadora de Cristo, que nos convida a renovar o mundo: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21, 5).

LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO LITÚRGICA

O Documento de Aparecida exorta-nos que a celebração dominical é o momento por excelência de encontro da Comunidade com o Senhor Ressuscitado (cf. n. 305). De fato, é na comunidade reunida que nos encontramos com o Cristo, recebemos sua paz – “a paz esteja convosco” (Lc 24, 36) – e somos enviados a testemunhar as Suas alegrias pascais.

Através do Evangelho, Lucas nos incita a perceber a presenta viva de Cristo ressuscitado no meio da comunidade congregada, para além de toda dificuldade, diferença e incerteza. Particularmente, na Santa Missa, Cristo nos ensina e nos fortalece, abrindo nossa inteligência e eliminando os nossos temores, para que testemunhemos com ardor os mistérios que celebramos através de sua Páscoa.

Que Cristo, o Ressuscitado, mediante o Espírito Santo, nos fortaleça e impulsione nesta celebração e em todas as celebrações a fim de que, através da Palavra e da Eucaristia, possamos sentir a presença de Jesus no meio de nós semelhantemente aos discípulos: “Os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão” (Lc 24, 35).

ORAÇÃO DA ASSEMBLEIA

PRESIDENTE: Irmãos e irmãs, Cristo Ressuscitado se faz presente na Comunidade e convida-nos a segui-l’O anunciando através da oblação de nossas vidas uma sincera conversão e o perdão dos pecados. Nesta oração que elevamos, supliquemos ao Ressuscitado para que sejamos fiéis ao seu convite:

R/. Cristo Ressuscitado, atendei nossos pedidos!

  1. Pela Igreja de Deus, que recorda anualmente a Páscoa do Senhor, para que testemunhe no mundo o Ressuscitado e empenhe-se no anúncio de Sua paz, rezemos.
  2. Pelo Santo Padre, o Papa Francisco, por nosso Bispo Diocesano, Dom Vilson, e pelo Clero, para que, experimentando, à semelhança dos discípulos, as alegrias do Ressuscitado, possam anunciá-las mediante a oferta sincera de suas vidas, rezemos.
  3. Por nossas Paróquias e Comunidades, que celebram a Eucaristia, para que encontrem Jesus nas Sagradas Escrituras e O reconheçam no partir do Pão, rezemos.
  4. Pelos que não creem em Jesus ou que não professam sua fé na Ressurreição, para que se façam dóceis ao seu chamado e disponíveis ao seu seguimento, rezemos.
  5. Por nossa comunidade que se reúne para a Páscoa semanal do Senhor, para que a Palavra e o Pão da vida nos instruam e fortaleçam na luta por um mundo mais justo, solidário e fraterno, rezemos.

PRESIDENTE: Senhor Jesus, que, pelos vossos mistérios pascais, cumpristes plenamente o que prefiguraram as Sagradas Escrituras, inspirai-nos como discípulos missionários no vosso fiel seguimento, como autênticos colaborados da causa do Reino. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos.

T.: Amém.

LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS

PRESIDENTE: Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa Igreja em festa. Vós que sois a causa de tão grande júbilo, concedei-lhe também a eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.

T.: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO

PRESIDENTE: Ó Deus, olhai com bondade o vosso povo e concedei aos que renovastes pelos vossos sacramentos a graça de chegar um dia à glória da ressurreição da carne.  Por Cristo, nosso Senhor.

T.: Amém.

BENÇÃO SOLENE: TEMPO PASCAL, p. 523 do Missal Romano.

PRESIDENTE: Deus, que pela ressurreição do seu Filho único vos deu a graça da redenção e vos adotou como filhos e filhas, vos conceda a alegria de sua benção.

T.: Amém.

PRESIDENTE: Aquele que, por sua morte, vos deu a eterna liberdade, vos conceda, por sua graça, a herança eterna.

T.: Amém.

PRESIDENTE: E, vivendo agora retamente, possais no céu unir-vos a Deus, para o qual, pela fé, já ressuscitastes no batismo.

T.: Amém.

PRESIDENTE: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo.

T.: Amém.

PRESIDENTE: Ide, em paz e o Senhor vos acompanhe.

T.: Amém.

Agenda de Dom Vilson para abril/2018

De 02/04 a 09/04:  Compromisso em Roma.

De 10/04 a 20/04: Assembleia dos Bispos, em Aparecida, SP.

Dia 21/04 – Sábado: Missa e Crisma na paróquia São Domingos de Gusmão, Pe. Marcos Radaelli, às 18h00, em Americana, SP.

Dia 22/04 – Domingo: Missa e Crisma na Paróquia N. Sra. do Rosário, Pe. Júnior, às 09h30, em Limeira, SP; e Missa e Crisma na paróquia N. Sra. Auxiliadora, Pe. Diego, às 19h00, em Americana, SP.

Dia 26/04 – Quinta-feira: Missa e Crisma na Paróquia Menino Jesus, Pe. Diego, às 20h00, em Limeira, SP;

Dia 27/04 – Sexta-feira: Missa e Crisma na Paróquia Santa Rita de Cássia, Pe. Mauro, às 19h30, em Pirassununga, SP;

Dia 28/04 – Sábado: 3º Encontro de Assessores e coordenadores, PASCOM, às 09h00, no CDL.

Dia 29/04 – Domingo: Missa e Crisma na Paróquia São Sebastião, Pe. Alquermes, às 11h00, Descalvado, SP; e Missa e Crisma na Paróquia N. Sra. das Dores, Pe. Edson, às 18h30, em Artur Nogueira, SP.