Olá amigos e amigas!

Que alegria é ter vocês aqui para mais uma reflexão da nossa Sagrada Liturgia.

Vamos refletir sobre O ATO PENITENCIAL DENTRO DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA. Vamos repartir em duas partes. Hoje faremos a Parte I.

O ato penitencial também faz parte de outros sacramentos: Unção dos Enfermos (UE, 3); Batismo e Confirmação, dentro da missa; Penitência; Ordenações; Completas da Liturgia das Horas.

Não faz parte do Sacramento do Matrimônio, mesmo dentro da missa; das Exéquias; quando se faz a Liturgia das Horas dentro da missa e quando se faz a bênção e aspersão da água no início da missa.

Nesta reflexão o que nos interessa é analisar o ato penitencial, como uma experiência mistagógica dentro da Celebração Eucarística.

A Celebração Eucarística é formada de duas partes: a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística. Estas duas partes constituem um só e mesmo ato de culto (Sacrosanctum Concilium, 56; Instrução Geral sobre o Missal Romano, 28), com efeito, a mesa preparada para nós na Eucaristia é ao mesmo tempo a da Palavra de Deus e a do Corpo do Senhor (Dei Verbum, 21).

A Liturgia da Palavra é também Eucarística, porque a Palavra é Sacramento e a Liturgia Eucarística é também querigmática, anamnética (memória). Desta forma a Eucaristia é memorial da Páscoa de Cristo: isto é, da obra da salvação atualizada pela vida, morte e ressurreição de Cristo, obra esta tornada presente pela ação litúrgica.

A Eucaristia é o memorial sacrifical de Cristo e do seu corpo, a Igreja (Catecismo da Igreja Católica, 1362-1372).

Embora formada por duas partes (Palavra – Eucarística), há também ritos que abrem e encerram a celebração. Sendo assim temos na Eucaristia:

Ritos iniciais;

Liturgia da Palavra;

Liturgia Eucarística;

Rito da Comunhão;

Ritos finais.

No Missal Romano o Ato Penitencial está dentro dos ritos iniciais da celebração, embora em algumas celebrações penitenciais possa ser realizado depois da homilia, como é o caso da Quarta-feira de Cinzas.

Os ritos iniciais da Celebração Eucarística servem para fazer a assembléia entrar no clima da celebração. É uma exortação, introdução, preparação ao grande banquete do Senhor que se dá na Palavra e em seu Corpo e Sangue. Faz com que os celebrantes se sintam comunidade orante e celebrante.

É a comunidade toda que celebra (o corpo místico de Cristo). O bispo ou o padre presidem a Celebração Eucarística. Na celebração da Palavra de Deus é o(a) ministro(a) da Palavra (leigo(a)) que exerce o papel da presidência.

Resumindo podemos dizer que os ritos iniciais da Celebração Eucarística servem para formar a assembléia, para a assembléia entrar no clima da celebração, ou seja, transformar indivíduos em povo celebrante, assembléia orante, povo disposto ao encontro com Cristo Ressuscitado e transformador da vida.

Até mais...

 

Pe. Ocimar Francatto