Festa da Sagrada Família
Publicado em: 26/12/2018


“Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos”

 

Leituras: Eclesiástico 3, 3-7.14-17a; Salmo 127 (128); Carta São Paulo aos Colossenses 3,12-21; e Lucas 2, 41-52.

COR LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA

ANTÍFONA DE ENTRADA: Os pastores vieram a toda a pressa e encontraram Maria, José e o Menino deitado no presépio (Lc 2,16).

ORAÇÃO DO DIA: Senhor, Pai santo, que na Sagrada Família nos destes um modelo de vida, concedei que, imitando as suas virtudes familiares e o seu espírito de caridade, possamos um dia reunir-nos na vossa casa para gozarmos as alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco, na unidade do Espírito Santo.

T.: Amém.

Animador: Estamos em pleno “Tempo do Natal”, tempo da manifestação do Senhor. Esta celebração contempla a célula fundamental da sociedade que é a Família. Apesar de todos os desafios nas mais diversas configurações familiares, Deus quis nascer no seio de uma família para viver o Amor, elemento que legitima a união entre as pessoas apesar das particularidades mais próprias de cada indivíduo. Como hoje nos somos lembrados pela Sagrada Família de Nazaré, somos convidados a viver o Amor, a partilha e o diálogo em cada uma de nossas famílias, em virtude de uma verdadeira experiência que colabora com a construção do Reino anunciado pelo Deus encarnado, filho de Maria e José.

1. Situando-nos

O sentido da festa da Sagrada Família afina-se como o sentido do Natal e da Epifania, ou seja, é manifestação do Senhor, na realidade familiar, como consequência de sua encarnação: veio para fazer parte da família humana, vivendo na obediência e no trabalho de uma família concreta, com todas as suas tensões e contingências, suas alegrias e seus dramas.

A família de Nazaré é apresentada como modelo para qualquer família cristã.

Na perspectiva do mistério da encarnação, o mundo e a humanidade tornam-se também, a família sagrada de Deus, lugar da comunhão e da fraternidade universal.

Celebrando a Sagrada Família, valorizamos a vida de nossas famílias com suas alegrias e sofrimentos, conquistas e conflitos, como santuário da vida, lugar privilegiado da vivência da gratuidade, do amor, do perdão, do exercício de relações verdadeiras, da prática da misericórdia, da partilha e da solidariedade, sacramento do mundo novo.

Nesta celebração o Pai nos convida a entrar no mistério sempre atual da Encarnação do Filho, na realidade de uma família. Assumir o caminho de Jesus, como Maria e José, que assumiram o seu destino e foram fiéis a Deus mesmo dentro das vicissitudes e dificuldades da vida.

Jesus “vem para nos salvar da condição de fraqueza em, que vivemos. E a ajuda d’Ele consiste em fazer-nos sentir a sua presença e proximidade. Dia após dia, tocados pela sua compaixão, podemos também tornar-se compassivos para com todos” (Misericordiae Vultus, n.14).

2. Recordando a Palavra

Na cena do Evangelho de hoje Jesus aparece no Templo, onde foi em peregrinação com sua Família. Revela assim, pela primeira vez, que seu mundo ultrapassa os limites da família a que pertence pelos laços de sangue.

O Evangelho que hoje nos é proposto é o final do “Evangelho da infância” de Lucas. O objetivo do “Evangelho da infância” não é fazer uma reportagem sobre os primeiros anos da vida de Jesus, mas apresentar uma catequese sobre a pessoa e a missão de Jesus.

Todo judeu fiel, a partir dos dozes anos, deve cumprir as três peregrinações anuais a Jerusalém: peregrinação dos Pães sem fermento, das Semanas e das Tendas. Cumprindo a Lei, Jesus, sua mãe e seu pai vão a Jerusalém por ocasião da Festa da Páscoa. São sete dias de festa dos pães sem fermento.

Terminada a festa, José e Maria retomam o caminho de volta a Nazaré da Galileia, divididos em caravanas de mulheres e de homens separadamente. Jesus permaneceu em Jerusalém, sem os pais perceberem. No final do primeiro dia, procurando entre os companheiros de viagem, parentes e conhecidos não encontraram o Menino. Voltara para Jerusalém e o procuraram por três dias, encontrando-o no Templo, sentado em meio aos mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas.

Os mestres da Lei ensinavam, em forma de diálogo, nos átrios do templo. Todos que ouviam as respostas de Jesus ficavam maravilhados. Maria e José se surpreenderam ao encontra-lo. A mãe censura a atitude do filho: “Por que você fez isso conosco?”. O filho responde com outra pergunta: “Por que me procuráveis? ”. “Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” Erroneamente se diz que Jesus se perdeu. De fato, ele se encontrou. Perdidos estavam seus pais que não compreenderam seu gesto e suas palavras.

Como bom e obediente filho, desce com eles para a Nazaré, enquanto Maria guardava esses acontecimentos em seu coração. Jesus progredia em saber, em estatura e em graça diante de Deus e das pessoas. O evangelista ressalta que Jesus continua sendo um ser humano como qualquer um de nós, respeitando as fontes da vida (Cf. BOROTLINI, Op. Cit., p.516).

A primeira leitura trata das relações familiares e traz uma explicação de Êxodo 20,12 e Deuteronômio 5, 16: “Honra teu pai e tua mãe, para que vivas longos anos na terra que o Senhor teu Deus te dará”. O texto enumera alguns aspectos da relação entre pais e filhos que Deus recebe como feitos a si: honrar, consolar, socorrer, não entristecer, ter piedade, compadecer-se – sofrer junto – deles, não desprezá-los quando os pais ficarem idosos. Os efeitos desse comportamento são as bênçãos que nos ajudam a uma realização humana e religiosa mais harmoniosa.

O Salmo 128 (127) é sapiencial e traz uma proposta concreta de felicidade e de bênção na Lei, especialmente de Deuteronômio. Traz marca da teologia de retribuição: a prosperidade e o bem-estar são frutos do temor de Deus.

A segunda leitura é da carta aos Colossenses e retoma a catequese sobre as relações humanas em todas as dimensões e em especial no âmbito familiar. O apelo é revestirmos do Evangelho, de caridade, roupagem do seguimento de Jesus: compaixão, bondade, humildade, mansidão, longanimidade, sendo suporte para os irmãos com amor, perdão; como fomos pecadores devemos perdoar. Fomos chamados a ser um só corpo, uma só família em Cristo Jesus. Paulo ensina que para conviver com os outros requer humildade, acolhida mútua, paciência. O amor é o vínculo que nos une.

3. Atualizando a Palavra

A Palavra de Deus nos apresenta a família de Nazaré cumprindo suas obrigações religiosas, e oferece uma nova luz para as relações cotidianas entre pais e filhos crianças, adolescentes e jovens.

A chave da leitura do Evangelho deste domingo está nas palavras pronunciadas pelo próprio Jesus quando se encontra com Maria e José: “porque me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai!?”

O significado da resposta à interpelação da mãe é que Deus é o verdadeiro Pai. Por consequência, as exigências de Deus são, no entender de Jesus, a prioridade fundamental, que ultrapassa qualquer outra exigência. A sua missão que o Pai lhe confia supõe romper com os laços familiares (Mc 3,31-35). “Jesus obedece aos seus pais terrenos, mas seu desejo de estar na casa do Pai é ainda maior” (CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E ADISCIPLINA DOS SACRAMENTOS. Diretório Homiléticos. Brasília: Edições CNBB, 2015, n;121).

Lucas apresenta-nos uma chave para entender a vida e a missão de Jesus: Ele foi enviado ao mundo pelo Pai com uma missão, salvar a família humana libertando-a da escravidão do pecado. Àqueles que se perguntam por que deve o Messias percorrer determinado caminho, Lucas responde: porque é a vontade do Pai. Foi para cumprir a vontade do Pai que Jesus veio ao nosso encontro e entrou na nossa história.

Compreender a vontade do Pai, seus desígnios e seu projeto é um processo muitas vezes longo e difícil, que exige meditação, oração e contemplação constante de sua Palavra. Palavra das escrituras e Palavra da vida! Maria é mãe e é discípula primeira que foi aos poucos reconhecendo os sinais do Messias. Com Jesus, a Mãe e o Pai térreo foram crescendo em graça e sabedoria diante de Deus e da humanidade.

Hoje, somos convidados à transformação das relações familiares, comunitárias, sociais e ambientais. A família está inserida no contexto sociopolítico-econômico-ecológico. Os problemas sociais, políticos, econômicos, ambientais atingem e recaem sobre as famílias e as pessoas: injustiça, violência, desemprego, salário baixo, competição desmedida, falta de comunicação verdadeira entre as pessoas, exploração de gênero, desmatamento, poluição das águas e do ar. Hoje, a instituição familiar está enfrentando grandes desafios.

A família de Nazaré, José e Jesus, é um exemplo que faz tanto bem às nossas famílias, ajuda-as a se tornarem sempre mais comunidades de amor e de reconciliação, na qual se experimenta a ternura, a ajuda mútua e o perdão recíproco.

4. Ligando a Palavra com a ação eucarística

A assembleia reunida é expressão, sinal de nossa caminhada com o Senhor, do desejo de trilharmos em seus caminhos e vivemos como irmãos, numa família, unidos pelos laços do amor, vínculo da perfeição.

Na celebração da Sagrada Família, na Eucaristia, recordemos sim o sofrimento das famílias, mas sobretudo a certeza de que estamos sendo guiados por Deus no caminho que conduz à vida e liberdade para todos.

Rezemos com a Igreja: “atendei às preces da vossa família, que está aqui, na vossa presença. Reuni em vós, Pai de misericórdia, todos os vossos filhos e filhas dispersos pelo mundo inteiro”. (Oração Eucarística III).

Neste encontro dominical, à mesa da grande família, superando possíveis diferenças, crescemos pela sabedoria e força que nos vêm pela Palavra e pelo Pão eucarístico partilhados, até chegarmos à maturidade de Corpo eclesial de Cristo, capazes de fazer sempre a vontade do Pai.

Diante da situação cada vez mais desafiadora, inquietante, cheia de tensões e riscos em que vivem nossas famílias, suplicamos ao Pai, que lhes conceda o critério supremo do amor, do exercício da caridade, verdadeira fonte da união e da paz.

PRECES DOS FIÉIS

Presidente: Unidos nesta oração comunitária, peçamos a Deus que abençoe todas as famílias e as renove em seu amor.

1. Pai, pela Igreja, a grande família que reúne os teus filhos e filhas, para que possa ser abençoada pelos esforços evangelizadores que realiza em favor das famílias do mundo inteiro, peçamos:

Todos: Senhor, ajudai-nos a ser família!

2. Pai, que nossos governantes possam sempre cuidar com muito carinho de todas as famílias. Peçamos:

3. Pai, pelas famílias que vivem em crise e desestruturada, para que iluminadas com a luz do Espírito Santo possam andar nos caminhos da compreensão e do perdão. Peçamos:

4. Pai, por todas as famílias de nossa comunidade para que posam viver a graça da compreensão. Peçamos:

5. Pai, pelas famílias dos nossos dizimistas que durante este ano de 2015 colaboraram com muito carinho, com a parte material de nossa comunidade. Peçamos:

(Outras intenções)

Presidente: Senhor, Pai de misericórdia, acolhei com bondade os nossos pedidos e infundi em nossos corações o amor eterno e forte que só vós nos podeis dar, para seguirmos sempre o caminho da Sagrada Família de Nazaré. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amem.

LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS: Nós Vos oferecemos, Senhor, este sacrifício de reconciliação e humildemente Vos suplicamos que, pela intercessão da Virgem, Mãe de Deus, e de São José, se confirmem as nossas famílias na vossa paz e na vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

T. Amém.

Prefácio do Natal: p. 457 [590-702] ou 458-459

 No Cânone Romano, diz o Communicantes (Em comunhão com toda a Igreja) próprio. Nas Orações Eucarísticas II e III faz-se também a comemoração própria do Natal.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO: Deus apareceu na terra e começou a viver no meio de nós Bar 3, 38.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Pai de misericórdia, que nos alimentais neste divino sacramento, dai-nos a graça de imitar continuamente os exemplos da Sagrada Família, para que, depois das provações desta vida, vivamos na sua companhia por toda a eternidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

RITOS FINAIS

Com.: Estivemos aqui reunidos, constituindo a família dos filhos de Deus. Que Nossa Senhora, São José e Jesus Cristo abençoem as nossas famílias e as famílias de todo o mundo!

BÊNCÃO FINAL (do Tempo do Natal)

Agenda do Bispo para fevereiro/2019

01/02 – Missa e Posse de pároco, Pe. Israel, às 19h30, na Paróquia Santo Expedito, em Limeira, SP.

02/02 – Missa e Posse de pároco, Pe. Sérgio, às 19h00, na Paróquia Bom Jesus, em Leme, SP.

03/02 – Missa e Posse de pároco, Pe. Alquermes, às 19h00, na Paróquia Imaculado Coração de Maria, Limeira, SP.

07/02 – Reunião do Conselho Episcopal, às 09h00, em Limeira, SP.  Missa e Posse de pároco, Pe. Marcelo Fagundes, às 19h30, na Paróquia Bom Jesus, em Americana, SP.

08/02 – Missa e Posse de pároco, Pe. Diego Rodrigo, às 19h30, na Paróquia São Sebastião, em Limeira, SP.

09/02 – Missa e Posse de pároco, Pe. Fabio, às 19h00, na Paróquia São Francisco de Assis, em Pirassununga, SP.

10/02 – Missa e Posse de pároco, Pe. Diego Fernando, às 8h, na Paróquia Imaculada Conceição, em Santa Cruz da Conceição, SP.

10/02 – Missa e Posse de pároco, Pe. Ricardo, às 19h00, na Paróquia Santa Luzia, em Limeira, SP.

13/02 – Reunião da Sub-Região, às 09h00, no CDL, em Limeira, SP.

14/02 – Missa e Posse de pároco, Pe. Robert, às 19h30, na Paróquia N. Sra. de Fátima, em Araras, SP.

15/02 – Missa e Posse de pároco, Pe. Murilo Vendite, às 19h30, na Paróquia São Sebastião, em Leme, SP.

16/02 – Missa e Posse de pároco, Pe. Gilson, às 17h00, na Paróquia N. Sra. Auxiliadora, em Americana, SP.

17/02 – Missa e Posse de Pároco, Pe. Tiago Moreira, às 08h00, na Paróquia São Benedito, em Cosmópolis, SP.

17/02 -  Missa e Posse de pároco, Pe. Danilo Rodrigues, às 19h00, na Paróquia São Jerônimo, em Americana, SP.

20/02 – Missa e posse de administrador paroquial, Pe. Luis Casemiro, às 19h30, na Quase-paróquia Santo Amaro, em Nova Odessa, SP.

21/02 – Conselho de Presbíteros – Região Norte, no Santuário Sr. Bom Jesus dos Aflitos, em Pirassununga, SP. Missa e posse pároco, Pe. Nilson, às 19h30, na Paróquia Santa Rita de Cássia, em Pirassununga, SP.

22/02 – Reunião da Pascom, às 08h30, em Limeira, SP. Missa e posse do administrador paroquial, Pe. Thiago da Cruz, às 19h30, na Quase-paróquia Santa Rita de Cássia, Americana, SP.

23/02 – Missa e posse de pároco, Pe. Ciro, às 18h30, na Paróquia São Benedito, Limeira, SP.

24/02 – Missa e posse de pároco, Pe. Marcos Theodoro, às 08h30, na Paróquia São Marcos, em Limeira, SP.

24/02 – Missa e posse de administrador paroquial, Pe. Osmar, 19h00, na Quase-paróquia São Pedro, em Pirassununga, SP.

27/02 – Missa e posse de administrador paroquial, Pe. Cassio, às 19h30, na Quase-paróquia Santa Teresinha, em Nova Odessa, SP.

28/02 – Missa e posse de pároco, Pe. Jonathan, às 19h30, na Paróquia São Benedito, em Americana, SP.