5º Domingo do Tempo Comum
Publicado em: 06/02/2019


“Deixaram tudo e o seguiram”

Leituras: Isaías 6, 1-2a.3-8; Salmo 137 (138), 1-2abc.3-5.c-8 (R/ cf. 1c.2a); 1Cor 15, 1-11; Lucas 5, 1-11.

COR LITÚRGICA: VERDE

Animador: Amados irmãos e irmãs, nesta Eucaristia somos convidados a estar às margens do lago de Genezaré e a ouvirmos a revelação de Deus, realizada em Jesus de Nazaré, através da palavra anunciada e da pesca milagrosa. A partir dessa experiência, a exemplo de Pedro, somos convidados a ter uma consciência mais profunda que nos convida a superarmos nossos medos e a segui-lo sem reservas.

1. Situando-nos

Neste domingo é proclamado o evangelho da pesca milagrosa e do chamado dos discípulos. Também celebramos nossa vocação ao seguimento de Jesus como discípulos e discípulas.

O profeta Isaías é chamado, os apóstolos são chamados, o apóstolo Paulo também é chamado. Diante do toque do Senhor, o profeta responde: “Aqui estou! Envia-me”. Os discípulos deixam tudo e seguem a Jesus. O apóstolo das gentes, o menor dos apóstolos, pregou com coragem o Evangelho a todos.

Vocação é dom de Deus. Ele chama. Que o Espírito nos ilumine na escuta do Senhor. Não obstante nossos medos e limites, que o Senhor nos faça discípulos e discípulas seus.

2. Recordando a Palavra

O evangelho de Lucas apresenta o relato do chamado dos primeiros discípulos, em meio a uma pesca milagrosa. Jesus está à margem do lago, no meio da multidão que quer ouvir a palavra de Deus. Ele vê duas barcas paradas e os pescadores lavando suas redes, desanimados, pois haviam trabalhado noite inteira sem êxito. Sobe então em uma barca que era a de Simão e começa a instruir o povo.

Depois de anunciar a mensagem da salvação, Jesus ordena Simão a “avançar para as águas mais profundas e lançar as redes para a pesca” (5,4). Todos os que estavam na barca de Pedro foram chamados a lançar as redes, a contribuir para salvar a humanidade. Simão, como bom pescador, sabia que o tempo mais apropriado para a pesca era à noite. Mas ele ignora sua experiência, confia na palavra do Mestre e lança as redes.

A quantidade enorme de peixes, que as redes quase se rompem, sublinha que o êxito missionário é obra do Senhor que age, através dos discípulos e das discípulas. O resultado maravilhoso da pesca leva ao conhecimento de Jesus como Senhor, título atribuído ao Ressuscitado.

A profissão de fé é essencial para reconhecer os sinais da salvação, os milagres de Deus. O discípulo reconhece sua fragilidade diante de Jesus e abre-se à revelação da graça divina. “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens” (5,10).

Os discípulos são chamados por Jesus para seguir seu estilo de vida. A resposta deles é radical: “Deixaram tudo e seguiram a Jesus” (5,11). Abandonam tudo por causa de Jesus e do seu Reino. Tornam-se companheiros de caminhada com Jesus, compartilhando sua mensagem e seu destino. Passam a ser pescadores de homens e de mulheres, anunciadores da palavra de Deus que proporciona vida nova. O despojamento caracteriza o caminho do discipulado, pois leva a partir na gratuidade.

A primeira leitura narra a vocação do profeta Isaías que surge no séc. VIII a.C., num contexto litúrgico, no Templo de Jerusalém. Salienta que o chamado é iniciativa do Senhor, aclamado Santo de forma tríplice, cuja glória resplandece em toda a terra. “A purificação dos lábios” simboliza a preparação para acolher o plano do Pai e tornar-se apto a assumir a missão profética.

A experiência do encontro com Deus e sua palavra converte a pessoa e suscita a apelo para o serviço ao Reino. Com o toque de Deus, o profeta sente-se confirmado na vocação: “Ouvi a voz do Senhor que dizia: Quem enviarei? Quem irá por nós? Eu respondi: Aqui estou! Envia-me” (6,8). Isaías, cujo nome significa “o Senhor salva”, responde confiante e torna-se porta voz da mensagem divina de salvação.

O salmo 138 (137) é uma ação de graças individual a Deus pela manifestação da salvação. Em meio às aflições, a pessoa clamou e o Senhor ouviu as palavras de seus lábios. Por isso, seu canto de louvor e agradecimento é acompanhado de gestos, em sinal de reconhecimento pelo amor e fidelidade de Deus.

A segunda leitura, da primeira carta aos Coríntios, apresenta a síntese da profissão de fé das comunidades cristãs primitivas: “Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado e ao terceiro dia ressuscitou” (15, 3-4). O Ressuscitado manifestou sua presença viva a Cefas, aos doze, a mais de quinhentos irmãos reunidos, a Tiago, a todos os apóstolos, a Paulo que viu o Senhor glorioso no caminho de Damasco.

Pela obra da graça de Deus, as testemunhas do Ressuscitado proclamam a mesma mensagem e os fiéis professam a mesma fé. A ressurreição, a vida nova em Cristo, torna-se objeto fundamental da pregação e da fé cristãs. A graça do Ressuscitado fortalece Paulo, levando-o a dedicar a vida pela causa do Evangelho, a trabalhar mais do que os outros apóstolos.

3. Atualizando a Palavra

Jesus chama os primeiros discípulos ao seguimento e os transforma em pescadores de gente. Ele convida a seguir no contexto em que as pessoas estão inseridas, acompanha com a sua graça e pede adesão plena e generosidade na entrega. Todos são chamados a lançar as redes nas águas mais profundas e a pescar para alimentar as multidões e libertá-las das situações de morte.

O Senhor entra na barca de Pedro, na vida do povo, na realidade em que vivem as comunidades para fortalecer a fé posta à prova continuamente. Ele convida a deixar tudo, a renunciar, para assumir a missão a serviço do Reino.

Como Pedro, somos chamados a confiar em Jesus e a obedecer à sua palavra. Recebemos o chamamento à fé, ao discipulado, à missão de anunciar o Evangelho com ardor apostólico, como Paulo.

Isaías faz a experiência do chamado de Deus para ser profeta, no templo, durante a oração ou celebração. Diante do apelo do Senhor que pergunta: “Quem enviarei? Quem irá por nós?, ele responde prontamente: “Aqui estou! Envia-me.”

Muitos homens e mulheres continuam dando a resposta no mais profundo do seu ser, confiando na graça e na misericórdia do Senhor.

4. Ligando a Palavra com a ação Eucarística

Presente diante do Senhor está a ekklesia que quer dizer “reunião, assembleia”, pessoas convocadas, chamadas. O Senhor toca nossos lábios, nossa mente, nosso coração com sua Palavra de vida e salvação.

Reunidos em nome do Deus que nos criou, somos renovados no ardor da vocação profética e missionária, bem como na mística do serviço.

Somos pequenos e fracos, a misericórdia do Deus que nos chama é imensa. Ele não deixa inacabada a obra que ele mesmo começou.

No processo pascal, passamos da morte para a vida e nos tornamos habilitados a avançar para as águas mais profundas em atenção à Palavra do Senhor.

Nós que participamos do mesmo pão e do mesmo cálice, vivamos unidos em Cristo e na alegria produzamos muitos frutos para a salvação do mundo (cf. Oração pós-comunhão). Que de fato sejamos testemunhas vivas da verdade e da liberdade, da justiça e da paz.

PRECES DOS FIÉIS

Presidente: Purificados pela Palavra que acabamos de ouvir, vamos apresentar com toda a confiança nossos pedidos ao Pai.

1. Senhor, por tua Igreja que é chamada a evangelizar, para que nunca tema em avançar mares mais profundos da evangelização. Peçamos:

Todos: Senhor, ampara-nos em nosso trabalho missionário.

2. Senhor, que os nossos governantes possam aprender com o evangelho e assim ajudem aqueles e aquelas que ficam à margem dos caminhos. Peçamos:

3. Senhor, por aqueles que se dedicam ao apostolado, respondendo com a própria vida ao convite de Jesus para deixar os barcos na praia. Peçamos:

4. Senhor, conceda à nossa comunidade a coragem necessária para deixar tudo o que não constrói a vida e possa seguir com alegria o Evangelho da Salvação. Peçamos:

5. Senhor, derrubai nossas indiferenças e autossuficiência, para que nossa vida seja realmente um discipulado, caminhando nos caminhos de Jesus. Peçamos:

(Outras Intenções)

Presidente: Senhor, não nos deixeis ficar nas praias da vida, mas colocai dentro de nós o encanto do teu chamado, para que possamos deixar nossos barcos na praia para te seguir em todos os momentos de nossa vida.  Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:

Presidente: Senhor nosso Deus, que criastes o pão e o vinho para alimento da nossa fraqueza, concedei que se tornem para nós sacramento da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

ORAÇÃO PÓS-COMUNHÃO:

Presidente: Ó Deus, vós quisestes que participássemos do mesmo pão e do mesmo cálice; fazei-nos viver de tal modo unidos em Cristo, que tenhamos a alegria de produzir muitos frutos para a salvação do mundo. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

V. RITOS FINAIS

BÊNÇÃO E DESPEDIDA:

Presidente: O Senhor esteja convosco.

Todos: Ele está no meio de nós.

Presidente: Ó Deus que quisestes que teu Filho Jesus, o Cristo, participasse das alegrias, esperanças, trabalhos e angústias de teus filhos e filhas, ensine-os a praticar a justiça e a misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém.

Presidente: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.

Todos: Amém.

Presidente: Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

Todos: Graças a Deus.

CALENDÁRIO DE POSSES SEMANA

09/02 – Missa e Posse, Pe. Fabio Trajano Ribeiro, às 19h00, na Paróquia São Francisco de Assis, em Pirassununga, SP.

10/02 – Missa e Posse, Pe. Diego Fernando, às 08h00, na Paróquia Imaculada Conceição, em Santa Cruz da Conceição, SP.

10/02 – Missa e Posse, Pe. Ricardo Araújo, às 19h00, na Paróquia Santa Luzia, em Limeira, SP.

14/02 – Missa e Posse, Pe. Robert Landgraf, às 19h30, na Paróquia N. Sra. de Fátima, em Araras, SP.

15/02 – Missa e Posse, Pe. Murilo Vendite, às 19h30, na Paróquia São Sebastião, em Leme, SP.

16/02 – Missa e Posse, Pe. Gilson Fernandes, às 17h00, na Paróquia N. Sra. Auxiliadora, em Americana, SP.

17/02 – Missa e Posse, Pe. Tiago Moreira, às 08h00, na Paróquia São Benedito, em Cosmópolis, SP.

17/02 -  Missa e Posse, Pe. Danilo Rodrigues, às 19h00, na Paróquia São Jerônimo, em Americana, SP.

Novo Vigário Episcopal da Região Sul: Pe. Alexandre Lucente (Par. São Vito).