As procissões rituais da Celebração Eucaríostica numa Dimensão Mistagógica
Publicado em: 07/03/2019


Olá amigos e amigas!

Mais uma vez estamos aqui para refletirmos sobre a nossa Sagrada Liturgia.

Ontem, com a 4ª Feira de Cinzas, tivemos o início do Tempo da Quaresma. Aliás, a 4ª Feira de Cinzas abre o CICLO PASCAL, que tem um tempo de preparação: TEMPO DA QUARESMA e um tempo de realização: TEMPO DA PÁSCOA.

Deste modo poderemos e devemos viver o Tempo da Quaresma numa dimensão Pascal. De ressuscitados COM o Cristo e COMO Cristo.

Neste “tempo favorável”, como diz São Paulo (2Cor 6,2), onde Cristo nos fala da conversão: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15), a Igreja no Brasil sempre coloca um tema e um lema para vivermos tudo isso na chamada Campanha da Fraternidade.

O tema da Campanha da Fraternidade deste ano de 2019 é: “FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS”, com o lema: “SERÁS LIBERTADO PELO DIREITO E PELA JUSTIÇA (Is 1,27)”.

As Politicas Públicas são ações de Estado ou de governo, em escala federal, estadual e municipal, que tem por finalidade melhorar e promover a vida das pessoas.

O objetivo da CF – 2019 é: “Estimular a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja, para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade”.

Precisamos mais do que nunca, clamar por uma administração justa do bem comum e pelo respeito aos direitos fundamentais de cada pessoa.

Vamos voltar a reflexão que estamos fazendo sobre as Procissões Rituais da Celebração Eucarística numa dimensão mistagógica.

Depois de refletirmos o que é uma procissão e de abordarmos os seus aspectos: Antropológico, Bíblico e Litúrgico, vamos entrar nas nossas procissões rituais que ocorrem na Celebração Eucarística.

Na Eucaristia, existem vários movimentos em que todos ou alguns protagonistas da ação ritual se movimentam caminhando, sempre num sentido simbólico.

São quatros as procissões que salientam outros tantos momentos simbólicos significativos da celebração:

A PROCISSÃO INICIAL;

A PROCISSÃO DO EVANGELHO;

A PROCISSÃO DAS OFERENDAS;

A PROCISSÃO DA COMUNHÃO.

Todas elas querem significar dois gestos que não podemos esquecer:

1. ENTRAMOS NA IGREJA, como nosso primeiro ato. É um deslocamento que podemos chamar de radical, pois cada um de nós se dirige de seu ponto de origem até o lugar onde a comunidade se reúne. É um movimento de “Convocatória” eclesial, pois somos uma assembléia de convocados: ekklesia (Gaudium et Spes 32; Lumen Gentium 09). A assembléia é uma reunião de convocados, um povo sacerdotal.

2. SAÍMOS TODOS NO FINAL DA CELEBRAÇÃO LITÚRGICA, cada qual para as suas preocupações, com dispersão que tem um verdadeiro sentido de “missão”. Pois agora começa aquilo tudo que viemos celebrar.

Vamos abordar estas procissões do seguinte modo:

1º. O QUE DIZ A IGREJA. Veremos o que diz o Missal Romano (MR), a Instrução Geral sobre o Missal Romano (IGMR), o Ordo Lectionum Missae (Elenco das Leituras na Missa - OLM), e os Documentos da CNBB. Desta forma saberemos o que são estas procissões.

COMO REALIZÁ-LAS DE MANEIRA MISTAGÓGICA. Nesta parte, que é o objetivo maior de nossa reflexão, vamos ver como realizá-las de modo que todos possamos entrar no mistério que celebram, ou seja, fazê-las de modo mistagógico.

Até mais...

Pe. Ocimar Francatto