Origens
A cidade de Americana cultiva uma forte tradição católica, originada com a chegada dos imigrantes italianos em 1887. Em meados de 1896, foi construída nas terras da Fazenda Salto Grande a primeira capela em homenagem a Santo Antônio, por estes imigrantes italianos. Dada a influência dos confederados protestantes, a então Vila dos Americanos contava com um pequeno templo protestante desde 1894. Com o aumento da população, torna-se necessária a construção, também, de um templo católico na vila. Então, o Cap. Ignácio Corrêa Pacheco, doa um terreno para a construção do templo, construído em mutirão pelos próprios italianos. Em 13 de junho de 1897 é inaugurada a igreja com uma missa em homenagem a Santo Antônio, escolhido para ser o padroeiro da vila. Esta capela daria origem a atual Matriz Velha de Santo Antônio.
Construção
Desde o final da década de 1940, a Matriz Velha tinha se tornado pequena demais para a população americanense, e começou a ser feito o estudo da possibilidade de se construir uma nova matriz. O Monsenhor Nazareno Maggi foi o precursor da idéia e lutou com os políticos e ao lado da população para que esse sonho se tornasse realidade. A construção iniciou-se em 1950, pela empresa campineira Lix da Cunha. As previsões de custo assustaram os católicos, e para arrecadar fundos foram feitas varias campanhas na época. A pintura da igreja ficou a cargo dos irmãos italianos Pedro e Uldorico Gentilli, havendo também a participação do pintor e restaurador, Alberto Ettore Gobbo. Pedro Gentilli começou a trabalhar em 1961 e acabou falecendo envenenado pela tinta que usava em 8 de agosto de 1968. Adoeceu quando pintava o quadro da morte de São José, que foi mantido inacabado. A obra da pintura da igreja continuou com seu irmão Uldorico Gentilli, que terminou o trabalho em 1972. Em 22 de abril de 1972 o Monsenhor Maggi falece sem ver totalmente pronto o projeto que ele dedicou toda a vida. Os retoques finais da igreja foram concluídos em 1977.
Santuário
No dia 13 de junho de 2013, Dia do Padroeiro e feriado municipal, a Matriz foi elevada ao grau de Santuário Diocesano de Santo Antônio de Pádua, o nono dedicado ao Santo no Brasil. A Missa de Elevação foi presidida pelo Bispo Diocesano de Limeira, Dom Vilson Dias de Oliveira, DC.
Basílica
Exatamente um ano após ser decretada Santuário os fiéis receberam a notícia da elevação ao grau de Basílica menor, mais alto posto que uma Igreja pode alcançar. Em tempo inédito de análise e aprovação, pouco mais de um mês, o decreto de criação foi assinado pelo Papa Francisco no dia 30 de maio de 2014 e apresentado no dia 13 de junho de 2014 pelo Bispo Diocesano de Limeira, Dom Vilson Dias de Oliveira, DC.
A Missa de Instalação da Basílica ocorreu no dia 30 de novembro de 2014 sendo presidida pelo Arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB, Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, e concelebrada pelo Arcebispo de Campinas, Dom Aírton José dos Santos, por Dom Vilson, pelos Bispos de Bragança Paulista, Dom Dom Sergio Aparecido Colombo, e de Almenára Dom José Carlos Brandão Cabral, pelo Reitor da Basílica, Padre Leandro Ricardo, Padres, Diáconos e Seminaristas da Diocese.
Cerca de 5 mil fiéis acompanharam a leitura do Decreto de Criação da Basílica e a entrada dos símbolos que vão ficar perenemente expostos no altar: um tintinabulo e uma umbela, lembrando a todos que ali se encontra a ‘Casa do Papa’, pois agora a Igreja de Americana passa a ser uma extensão do Vaticano.
Arquitetura
A Matriz Nova de Santo Antônio é a maior igreja da diocese de Limeira e a maior do seu estilo no Brasil.3 Construída em estilo neoclássico, mede 22 metros de altura em 80 metros de comprimento, com 30 metros de largura. Sua cúpula tem 50 metros de circunferência, e seu piso se estende por 42 metros. A fundação da igreja conta com 560 grandes estacas de concreto, e foram utilizados 3 milhões de tijolos em sua construção. A igreja tem forma de cruz latina, com cinco naves e transepto com cúpula sobre o cruzeiro. A fachada, é formada por seis colunas sustentando sua torre.
Arte Sacra
Suas paredes e teto têm pinturas que são verdadeiras obras de arte, pintadas pelos irmãos Pedro e Uldorico Gentilli, havendo também a participação do pintor e restaurador, Alberto Ettore Gobbo. Uldorico Gentilli esculpiu doze imagens para o lado externo da cúpula. Destas imagens, oito medem 3,4 metros de altura e quatro medem 2,40 metros. As figuras foram modeladas em barro e depois fundidas em cimento. Mais tarde, em 1959, foi instalado em cima da cúpula uma imagem de Santo Antonio com 4,10 metros de altura, junto com os sinos. De cada janela foi feito um vitral com um dos dez mandamentos, feitos por diversos artistas, seguindo as imagens bíblicas, já selecionadas pelo Monsenhor Nazareno Maggi. A pintura foi feita em vidros importados da Alemanha, que foram cozidos no fogo. Alberto Ettore Gobbo contribuiu também ao criar o projeto original da Torre da Matriz.
Fundação Monsenhor Nazareno Maggi