Após o falecimento do Papa Francisco, ocorrido nesta segunda-feira, 21 de abril, o governo da Santa Sé passou a ser exercido interinamente pelo Cardeal Camerlengo, conforme estabelece a legislação canônica da Igreja Católica.
O cargo de camerlengo, atualmente ocupado pelo cardeal Kevin Farrell, tem como principal função administrar os assuntos temporais do Vaticano durante o período conhecido como Sede Vacante — intervalo entre a morte ou renúncia de um papa e a eleição de seu sucessor.
Durante esse período, todas as atividades do governo central da Igreja são suspensas, exceto aquelas estritamente necessárias e emergenciais. O camerlengo é responsável por verificar oficialmente a morte do pontífice, lacrar os aposentos papais, supervisionar a preparação do funeral e coordenar os preparativos para o conclave, onde os cardeais eleitores escolherão o novo papa.
A data do conclave ainda não foi anunciada, mas, segundo o protocolo, ele deverá começar entre 15 e 20 dias após a morte do pontífice, tempo necessário para que todos os cardeais cheguem ao Vaticano.
O Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, liderava a Igreja Católica desde 2013 e foi o primeiro papa originário da América Latina. Sua morte encerra um pontificado marcado por reformas, aproximação com os mais pobres e um constante apelo por paz e justiça social.
Enquanto o mundo católico se despede de seu líder espiritual, os olhares se voltam agora para o futuro da Igreja e para o conclave que definirá o novo sucessor de Pedro.
O Carmerlengo
O nome camerlengo (às vezes grafado “carmelengo” em português, mas o correto é camerlengo) vem do latim camarlingus, que por sua vez deriva do frâncico kamerling — uma palavra de origem germânica que significa literalmente “funcionário da câmara” ou “responsável pela câmara (tesouraria)”.
Originalmente, o camerlengo era o responsável pelas finanças da Santa Sé, especialmente durante o período medieval. Com o tempo, sua função ganhou mais importância e hoje ele tem um papel fundamental durante a Sede Vacante, o período em que a Igreja está sem papa.
Resumindo: o nome tem raízes antigas e está ligado à ideia de “administrador da câmara” — ou seja, alguém que cuida dos bens e da administração enquanto o trono papal está vazio.
Com informações de Vatican News
Foto: Vatican Media
Assessoria de Imprensa
Diocese de Limeira
