Fratelli Tutti aponta caminho da Fraternidade e da Amizade Social para a humanidade
Publicado em: 25/01/2022


Vatican Media


O Papa Francisco tem um grande desejo de que, como humanidade, “possamos reviver em todos a aspiração mundial à fraternidade”. Esse ideal é apontado em sua encíclica Fratelli Tutti e foi lembrado na última semana, quando refletiu sobre a dignidade humana com os participantes da Assembleia Plenária da Congregação para a Doutrina da Fé.

“Se a fraternidade é o destino que o Criador projetou para o caminho da humanidade, o caminho principal continua sendo o de reconhecer a dignidade de cada pessoa humana”, disse Francisco.

Francisco contextualizou que, em nossa época, “marcada por tantas tensões sociais, políticas e até sanitárias, cresce a tentação de considerar o outro como um estranho ou um inimigo, negando-lhe uma real dignidade”. Por isso, como cristãos, somos chamados a recordar, “em todas as ocasiões oportunas e não oportunas” ( 2 Tm 4,2), e seguindo fielmente um ensinamento eclesial milenar, que a dignidade de cada ser humano tem um caráter intrínseco e é válido desde o momento de sua concepção até sua morte natural”.

A afirmação de tal dignidade, continuou o Papa, é a condição indispensável para a proteção da existência pessoal e social, e também a condição necessária para que a fraternidade e a amizade social se realizem entre todos os povos da terra.

Para além de um compromisso cristão, o amor fraterno que se apresenta a partir das reflexões contidas na Fratelli Tutti tem um caráter alargador, no sentido de abrir-se aos outros ao focalizar sua “dimensão universal”. 

“Reconheço esta encíclica social como uma humilde contribuição à reflexão para que, diante das diferentes formas atuais de eliminar ou ignorar os outros, possamos reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite às palavras. Embora o tenha escrito a partir das minhas convicções cristãs, que me animam e nutrem, procurei fazê-lo para que a reflexão se abra ao diálogo com todas as pessoas de boa vontade”, escreveu Francisco.

Aqui no Brasil, o texto do Papa tem sido importante instrumento para o trabalho dialogal entre Igreja e sociedade, transmitindo aos agentes públicos e aos que atuam na política e na academia a compreensão sobre a abertura ao mundo e aos outros, a política melhor, a amizade social, os caminhos para construção da paz e sobre as religiões ao serviço da fraternidade no mundo.

CNBB